Drama biográfico sobre Sidonie-Gabrielle Colette traz a sempre encantadora atriz Keira Knightley

Por Eduardo de Assumpção*

“Colette” (EUA/Reino Unido/França, 2018) é um drama biográfico sobre a talentosa novelista francesa Sidonie-Gabrielle Colette, aqui representada pela sempre encantadora atriz inglesa Keira Knightley. O roteiro, coescrito pelo diretor Wash Westmoreland, de Para Sempre Alice( 2014), e seu falecido marido Richard Glatzer.

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Ele concentra-se inicialmente nos primeiros anos da autora passado em sua cidade natal na Borgonha e, em seguida, principalmente em Paris em 1893, para onde ela se muda com seu infiel , marido ladrão de talentos parisiense, Willy, Dominic West, que busca o sucesso na literatura a qualquer custo.

Em uma sociedade dominada por homens, Willy leva todo o crédito pela escrita inteligente de sua esposa sem esboçar uma única linha. Seu primeiro livro, ‘Claudine em Paris’, é um grande sucesso, mas como um empresário literário vaidoso e ganancioso, ele quer mais e não pretende parar por aí. Na pressa de cumprir os prazos de publicação, ele tranca abusivamente sua esposa em uma sala para forçá-la a escrever um novo romance.

A própria Colette contrasta cada vez mais com os dois cenários, muito curiosa e independente para a vida tranquila do campo, muito honesta e não confinada para as convenções da cidade.

No entanto, e para sua inquietação, Colette não é do tipo submisso, rebelando-se contra o marido e o sistema, e se aventurando em casos lésbicos com a ardente socialite americana Georgie Raoul-Duval e a perspicaz Missy, que a incentiva a usar roupas masculinas. A repentina revelação de que Georgie também divide sua cama com Willy se torna a fonte de inspiração de Colette para seu próximo sucesso literário: ‘Claudine en Ménage’.

A deslumbrante fotografia, de Giles Nuttgens, nos convida ao exuberante mundo iluminado por velas da França do final do século XIX, contrastando a densa vegetação ao ar livre do campo com os interiores altamente decorados de Paris. Ambos os locais são sedutoramente pródigos na riqueza dos detalhes banhados por uma luz dourada e suave.

A própria Colette contrasta cada vez mais com os dois cenários, muito curiosa e independente para a vida tranquila do campo, muito honesta e não confinada para as convenções da cidade. A atriz britânica dá uma de suas melhores performances como uma garota com espírito livre e grande talento para se tornar uma mulher com ferocidade e voz. Disponível na @primevideo e @hbomax.

*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com

Instagram: @cinematografiaqueer

Twitter: @eduardoirib