Governo Federal lança cartilha para orientar melhor atendimento a turistas LGBT
Resultado do trabalho conjunto dos ministérios do Turismo e dos Direitos Humanos e Cidadania, já está no ar o guia “Dicas para atender bem turistas LGBTQIA+” (acesse clicando aqui). A cartilha está disponível online e possuem um formato mais acessível para leitura em smartphones e tablets ou em computadores.
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Aa iniciativa faz parte das ações de Turismo Responsável para atender a Lei Geral do Turismo (Lei 11.771, de 2008) que pretende democratizar o acesso ao turismo. Com a revisão dos conteúdos, as publicações trazem orientações para ajudar os profissionais do setor sobre a oferta de experiências turísticas mais seguras e prazerosas aos viajantes, além de dicas práticas para melhor atender cada público.
A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, afirma que essa atualização faz parte da estratégia para os primeiros 100 dias do governo, com priorização da inclusão e da acessibilidade. “Nossa atuação teve como meta garantir que o turismo, de fato, seja para todos. É com alegria que lançamos mais dois guias que buscam orientar profissionais do setor sobre como atender bem pessoas idosas e o público LGBTQIA.”
O Ministério do Turismo explica que o guia “Dicas para atender bem turistas LGBTQIA ” traz conteúdos atualizados sobre legalidade e conceitos básicos de identidade de gênero, sexo biológico e orientação sexual. A cartilha ainda alerta que, no Brasil, a discriminação a pessoas LGBT é crime e pode ser igualada aos crimes de racismo, conforme decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal.
Uma dica do guia é tratar a pessoa de acordo com o gênero com o qual ela se identifica e não pelo sexo de nascimento. O material ainda ensina que trans e homossexualidade não são doenças; que respeito e educação são a base de qualquer relação e que devem ser evitadas expressões, gírias e piadas que possam soar pejorativas.
De acordo com a Organização Mundial do Turismo, a comunidade LGBT responde por 10% do total de viagens realizadas todos os anos e é responsável por 15% da renda gerada pelo setor.
Levantamento realizado em 2017 pela Out Leadership, associação internacional de empresas voltadas para o público homoafetivo, mostra que o potencial de compra do público LGBTQ no Brasil é de R$ 419 milhões por ano. E no mundo, o segmento é responsável por US$ 3 trilhões por ano. É o chamado pink money, expressão para fazer referência ao poder de compra do público LGBT.