Travesti brasileira discursa na ONU e faz História para todos os LGBT+ brasileiros

Dia Internacional do Orgulho LGBT+ com a foto histórica de uma travesti brasileira na Organização das Nações Unidas (ONU). É a secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, Symmy Larrat, que representou o Brasil na 53ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, na Suíça, no dia 21. Ela discursou para um público composto por autoridades internacionais e reforçou a importância da pauta LGBTQIA+ dentro da nova gestão do governo brasileiro.

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Symmy destacou o momento atual das políticas LGBTQIA+. “O Brasil retomou sua jornada histórica de apoio à população LGBTQIA+ ao instituir, no contexto do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, uma Secretaria Nacional responsável pela pauta. Essa decisão demonstra a importância que atribuímos ao tema e nos dá a imensa responsabilidade de fazer avançar nossos direitos”, disse.

A secretária também deu destaque para a participação social ao citar a criação do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ no âmbito do MDHC. “A existência do conselho reforça a importância do espaço de diálogo entre sociedade civil e governo”, detalhou.

Symmy parabenizou o trabalho do especialista independente e professor Victor Madrigal Borloz, da Costa Rica, que também participou do evento. O especialista apresentou um relatório sobre proteção contra a violência e a discriminação por motivos de orientação sexual ou identidade de gênero.

Refugiados

Symmy Larrat aproveitou o espaço na ONU para informar que o Brasil anunciou, no mês passado, o processo simplificado para o reconhecimento de refugiados LGBTQIA+. “Quando seus corpos e modos de vida são criminalizados em outros lugares, somos um país acolhedor que recebe pessoas LGBTQIA+ com políticas e ações que promovem seus direitos”, enfatizou.