“Nimona” é agente do caos em uma história que saiu do armário para ganhar as telas

“Nimona” (EUA, 2023) Ambientado em um mundo de fantasia, sci-fi e com temática medieval, ‘Nimona’ é alegre, hilário e às vezes doloroso, que aborda o que significa ser diferente e explora como a comunidade queer pode literalmente salvar vidas. É um filme incrivelmente comovente cheio de camadas e narrativas complexas que exploram uma visão muito bem articulada.

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O longa, de Troy Quane e Nick Bruno, acompanha a metamorfo Nimona (Chloë Grace Moretz) e Ballister Boldheart (Riz Ahmed), um homem que treinou toda a sua vida, e através de suas próprias adversidades, para lutar contra monstros. Na cerimônia onde ele finalmente se tornaria um cavaleiro do reino, algo dá errado e ele é enquadrado pelo assassinato da rainha.

Nimona, uma agente do caos absoluto, acha que encontrou um espírito anarquista e o persegue, declarando-se sua companheira. Baseado na graphic novel de ND Stevenson, Nimona começou no Blue Sky Studios, da Fox, apenas para ser cancelado quando a Disney fechou o estúdio em 2021. Mas a equipe de Nimona não deixou morrer. Apenas um ano depois, a Annapurna Pictures e a Netflix reviveram o filme. Agora, a história de Stevenson, finalmente saiu do armário.

Nimona é uma bola de sabão cor-de-rosa, uma energia anárquica que não quer nada mais do que a apegue ao Instituto. Ela pode mudar de forma. Tubarão, rinoceronte, baleia, gorila. Ballister e Nimona, encontram um terreno comum como estranhos, bem como um propósito compartilhado em derrubar o verdadeiro mal no coração de seu reino. Uma das razões pelas quais Nimona é tão representativo é porque é uma história explicitamente queer.

O filme já no começo aborda o romance de Ballister e Ambrósio(Eugene Lee Yang): o amor deles um pelo outro está no centro do filme. Tudo é mostrado sem alarde, sem acúmulo e sem necessidade de explicação. Além disso, a animação conta com as vozes de atores queer como Yang, Indya Moore, Julio Torres e RuPaul.A alegoria trans de Nimona se torna sólida ao longo do filme.

Nimona é tratada como um monstro devido às suas diferenças .Quando perguntada “o que” ela é, ela simplesmente responde: “Eu sou Nimona”. Texto Completo no Link na Bio. Disponível na @netflixbrasil

*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com

Instagram: @cinematografiaqueer

Twitter: @eduardoirib