“Vermelho, Branco e Sangue Azul” define como o amor poderia ser para dois homens enquanto se interessa pela política
Por Eduardo de Assumpção*
“Vermelho, Branco e Sangue Azul (Red, White & Royal Blue, EUA, 2023)” A adaptação do romance best-seller, de Casey McQuiston, chega à @primevideobr pelas mãos de Matthew Lopez, dramaturgo da Broadway, que dirige e co-escreve o longa-metragem. O filme é uma fantasia onde o filho da presidente dos EUA, papel der Uma Thurman, Alex(Taylor Zakhar Perez), e o príncipe britânico, Henry( Nicholas Galitzine) experimentam o romance.
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Tudo começa com os dois protagonizando um escândalo público que ameaça prejudicar a relação diplomática entre os EUA e o Reino Unido, o que faz com que as respectivas instituições os obriguem a forjar uma amizade para reparar a situação. Esta amizade vai-se tornando cada vez mais real, evoluindo para uma relação romântica e sexual que ambos terão de manter em segredo.
Nada disso funcionaria sem as performances perfeitas de Zakhar Perez e Galitzine, cada um dando vida a seus personagens com precisão. A química do casal é muito palpável, é percebida nos seus olhares, na sua linguagem corporal, nos momentos de ternura que os aproximam e reproduzem aquela sensação tão reconhecível de amor secreto.
A faísca se acende desde a primeira cena. Alex e Henry se desejam fortemente, eles estão com muito tesão o tempo todo. É isso que separa o filme de outras comédias românticas em que o sexo ocupa um lugar secundário ou não é mostrado, tornando mais fresca e livre sua perspectiva quando se trata de explorar gênero.
Navegando no armário em meio ao seu relacionamento florescente, a história de Henry é contadora sobre a homofobia que continua a assolar a Grã-Bretanha. Por outro lado, Alex se apega às suas raízes. Ele debate se deve se juntar à campanha de reeleição de sua mãe e aos complicados laços familiares do príncipe Henry.
‘Vermelho, Branco e Sangue Azul’ define como o amor queer poderia ser para dois homens, enquanto se interessa levemente pela política americana e britânica. Uma classificação R garante que nada seja higienizado. A sexualidade orgânica da história expande a relação entre os dois protagonistas de uma forma tátil.
*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com
Instagram: @cinematografiaqueer
Twitter: @eduardoirib