“MaXXXine” encerra a trilogia e retorna ao personagem principal de “X”
Por Eduardo de Assumpção*
“MaXXXine (EUA, 2024)” “MaXXXine”, encerra a trilogia que começou em 2022, agora retorna ao personagem principal de “X”, e dá sequência ao primeiro filme com um salto temporal de seis anos: a jovem aparentemente conseguiu deixar suas experiências traumáticas para trás. Em 1985, audaciosa, ela quer se firmar em Hollywood.
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A porta se abre: a sequência fictícia de filmes de terror “The Puritan II”, que, segundo a diretora Elizabeth Bender (Elizabeth Debicki), deve ser um filme B com ideias ambiciosas. Logo no início, quando Maxine precisa fazer o teste, Mia Goth traz de volta a presença e a energia que a fizeram ser aclamada anteriormente.
Na Hollywood dos anos 1980, a estrela de cinema adulto e aspirante a atriz Maxine Minx (Goth) finalmente consegue deixar os peep shows e tem sua grande chance. No entanto, enquanto o misterioso Night Stalker mira as estrelas de Los Angeles, um rastro de sangue ameaça revelar seu passado sinistro.
O melhor amigo de Maxine é Leon (Moses Sumney), um cinéfilo que trabalha em uma vídeo-locadora. Leon, que é abertamente gay, é o mais próximo que Maxine tem de um membro da família, apesar das amigas, como a breve personagem de Halsey.
O filme também se destaca com seu design de produção e locações. Há cenas memoráveis filmadas no que deveria ser o lote da Universal Studios, com parte da ação acontecendo dentro ou perto da famosa casa de Norman Bates usada no clássico de terror de 1960, “Psicose”.
O roteiro de West não mergulha nos detalhes da introdução da trilogia, embora o aviso de Pearl de que “tudo será tirado de você” permeia o desespero de Maxine para alcançar seus sonhos. Este arco se estende de um personagem para o outro, conectando os três filmes em vários locais em diferentes períodos definidos por circunstâncias variadas.
West amarra a caça ao Night Stalker, um notório serial killer que aterrorizou a Califórnia nos anos 80, na narrativa e funciona como um deleite para o filme. Onde X celebra o cinema slasher dos anos 1970 e “Pearl” dá um toque abismal ao melodrama clássico, “MaXXXine” se curva à criação giallo italiana.
*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com
Instagram: @cinematografiaqueer
Twitter: @eduardoirib