Movimento não apoia as violências do fundamentalismo instaurado dentro das igrejas
Por Artur Vieira*
A voz potente da juventude engajada na política, o que por muito tempo a liderança religiosa evangélica brasileira afastava de seus seus membros falar, pensar ou discutir a ciência moral da organização da sociedade civil) não é mais a realidade atual dessa geração de cristãos progressistas dispostos a pautar e lutar por temáticas muitas vezes sensíveis, porém fundamentais para grupos minoritários.
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O movimento Novas Narrativas Evangélicas, liderado pelo trio Luciana Petersen, Evellyn Azeredo e Matheus Machado, sai desse lugar evangélico fundamentalista tradicional arcaico e preconceituoso já estipulado no Brasil. Para construir, fomentar novas espiritualidades plurais e oferecer outras possibilidades de pertencimento – propondo que não existe apenas um jeito certo e engessado de viver a fé: formato apresentado pela maioria das lideranças das igrejas brasileiras.
“O movimento surge de uma pergunta: O que uma nova geração evangélica pode entregar para o Brasil??”, questiona Matheus.
Desde o primeiro encontro,em 2021, uma pergunta guiou o sábado inteiro desses jovens dispostos a pensar e repensar: qual seria a contribuição que uma juventude evangélica poderia entregar para o Brasil que estão vivendo naquele momento atual? E desde então o movimento ganha notoriedade e visibilidade país afora por desconstruir o jeito ou forma de ser evangélico.
Muito atuante nas redes sociais, o trio é bastante articulado e com uma comunicação leve e direta; eles sabem como ninguém abordar temas necessários: seja em conferências, debates, no seu podcast ou na hora de apresentar uma Agenda de Justiça Cristã; tudo isso para construir uma cultura de espiritualidade a fim de gerar transformação social.
Os tópicos de diálogos e ações proposto por eles são tão urgentes e fundamentais para a sociedade atual que têm conquistado, (ainda bem) muito da juventude em nossos dias, sendo alguns deles: igualdade de gênero e direitos das mulheres, antirracismo, direitos da população LGBT+, combate à fome e miséria e por aí vai.
Eles se organizam e se comunicam com tanta maestria em suas redes sociais, no país que a cada dia se torna mais extremista e assombrosamente evangélico; tornando palpável essa esperança de visão que tem por afinidade superar o fundamentalismo religioso, e nadar contra a maré de condições apresentadas pela religião tradicional levando consigo uma grande parte de outros jovens dispostos a mudança e também inconformados com o cenário estabelecido; um verdadeiro Oásis para quem pleiteia mudanças.
“O fundamentalismo religioso, se torna um instrumento da extrema direita para propagar a violência e retirar direitos”.
Nessa entrevista de quase uma hora ao telefone com o jovem carioca de 30 anos: psicólogo, teólogo e pastor Matheus Machado é perceptível quão preparado e apurado eles estão nessas temáticas essenciais, para a construção dessa nova narrativa tão crescente e necessária para contrapor o jeito obsoleto e ultrajante de se pensar evangélico.
Para conhecer a agenda de justiça cristã, clique aqui:
*Artur Vieira é um cristão, gay e jornalista que trabalha com o público LGBT+ desde 2013 na internet com o perfil @devoltaaoreino.