Campeão mundial de assassinatos de pessoas LGBT, Brasil ganha Central Nacional de Denúncias LGBTI+ online e acessível

Risadinhas, xingamentos, agressões verbais e físicas. Mortes. Muitas delas. Na verdade, o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBT no mundo todo, e o que mais deveria oferecer respostas para isso. Para ajudar quem corre atrás de seus direitos e não deixa barata a homofobia, a Central Nacional de Denúncias LGBTI+ está no ar – online, para ser acessada de todo o território brasileiro.

A iniciativa da Aliança Nacional LGBTI+ e do Grupo Dignidade usa o poder de capilaridade da internet para receber denúncias de homofobia por meio de um questionário. Depois de preenchido, o documento é analisado para serem tomadas as devidas providências – como elaboração de nota pública, ofício para autoridade competente, informação jurídica ou processo jurídico.

Em 2019, 329 LGBT+tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia. Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso equivale a 1 morte a cada 26 horas.

“Se você precisa denunciar discriminação e violência contra LGBTI+, falta de medicamento ARV e assim por diante, pode formalizar para a Aliança Nacional LGBTI+ / Grupo Dignidade neste formulário (clique aqui no negrito)”, avisa a Central.

“Há duas opções de formulário: denúncia resumida e denúncia completa, porque tem pessoas que não têm paciência para preencher um formulário longo”, explicam, completando que “qualquer denúncia que recebermos por outro meio, encaminharemos o link do formulário para a pessoa preencher”.

Assassino

Relatório divulgado anualmente pelo Grupo Gay da Bahia informa que, em 2019, 329 LGBT+tiveram morte violenta no Brasil, vítimas da homotransfobia. Foram 297 homicídios e 32 suicídios. Isso equivale a 1 morte a cada 26 horas.