Dia Mundial de Luta contra a Aids destaca bons resultados, mas mantém o alerta sobre os perigos do HIV
É em um cenário pandêmico que o Dia Mundial de Luta contra a Aids é celebrado nesta terça-feira, 1 de dezembro, deixando ainda mais explícita a importância da prevenção de doenças, a essencialidade de informar bem e a enorme necessidade de um sistema de saúde preparado apara oferecer o tratamento adequado para quem se infecta com o HIV. Soma-se a isso a o caminho de combate ao preconceito, a chamada sorofobia.
Além disso, é preciso deixar para trás de uma vez por todas ideias arcaicas como a de que HIV só infecta “viado”. O Ministério da Saúde apresentou hoje o Boletim Epidemiológico HIV/Aids 2020, que traz os dados de diagnósticos e infectados consolidados do ano de 2019 e um comparativo dos casos nos últimos anos no país.
Segundo a pasta, atualmente cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil: 89% delas foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual, por terem atingido carga viral indetectável.
Até outubro deste ano, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento com antirretroviral, enquanto em 2018, eram 593.594 pessoas em tratamento. Com a pandemia, o Ministério expandiu o prazo de entrega de antirretrovirais (ARV) de 30 para 60 ou até 90 dias.
Hoje, 77% dos pacientes em tratamento tem dispensação para 60 e 90 dias, em 2019 eram 48%. Além disso, o uso de auto testes foi ampliado com o objetivo de reduzir o impacto na identificação de casos de HIV por conta da pandemia. A pasta também garantiu a oferta de teste anti-HIV para pacientes internados com síndrome respiratória.
Neste ano, até outubro, o Ministério da Saúde distribuiu 7,3 milhões de testes rápidos de HIV, 332 milhões de preservativos masculinos e 219 milhões de preservativos femininos. Para saber onde realizar o teste clique aqui.
Em queda
O Ministério da Saúde estima que cerca de 10 mil casos de Aids foram evitados no país, no período de 2015 a 2019. Os jovens, de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros, concentraram o maior número de casos. Nessa faixa etária, 52,4% são do sexo masculino e 48,4% são mulheres.
O Brasil registrou queda no número de casos de infecção por Aids nos últimos anos. Desde 2012 houve uma diminuição na taxa de detecção de Aids no país. O número passou de 21,9 casos por 100 mil habitantes, em 2012; para 17,8 casos por 100 mil habitantes em 2019, representando um decréscimo de 18,7%.
Atualmente cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil: 89% delas foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual, por terem atingido carga viral indetectável.
A taxa de mortalidade por Aids também apresentou queda de 17,1% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram registrados 12.667 óbitos pela doença e em 2019 foram 10.565. Na avaliação do Ministério da Saúde, ações como a testagem para a doença e o início imediato do tratamento, em caso de diagnóstico positivo, são fundamentais para a redução do número de casos e óbitos por Aids.