Coletivo Prisma UFABC luta para promover um mundo com mais respeito e igualdade – e para continuar a fazer este trabalho

É na mesma região dos horrorosos Carecas do ABC (um dos mais famosos grupos de skinheads do Brasil) que o Coletivo Prisma UFABC dá uma ótima resposta à intolerância. É com luta, consciência, coragem e muita solidariedade que a iniciativa tem ajudado nossa população em tempos de pandemia, com um projeto especialmente voltado para atender pessoas mais carentes que ainda precisa da sua ajuda.

Coletivo LGBT voltado pela luta por direitos e pela desconstrução do padrão heterocisnormativo, também combate a LGBTfobia, racismo, misoginia e toda qualquer forma de opressão contra corpos dissidentes. O Prisma UFABC é um grupo de promoção de informações sobre diversidade sexual e de gênero da Universidade Federal do ABC.

O objetivo da iniciativa sediada em Santo André é integrar todos os tipos de minorias sociais em prol de promover atividades sociais, acadêmicas e de entretenimento para maior integração dos membros da comunidade acadêmica e seus simpatizantes.

Para isso, trabalha no campo das ideias e das ações afirmativas para contribuir na formação de um ambiente mais equitário e amigável para todos os tipos de pessoas, independente de sexo, sexualidade, gênero, idade, etnia, religião, posição política ou qualquer outra particularidade/modelo de vida adotado.

Abaixo eles falam à Ezatamag sobre o projeto Sobreviver, que ainda precisa de mais força (saiba mais clicando aqui):

“O Projeto Sobreviver surgiu no começo da quarentena por conta da própria necessidade e pela demanda crescente por ajuda, a princípio por alimentos para pessoas que ficaram sem trabalho, apoio psicológico, jurídico, etc.

Atuamos na região do grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá. Priorizando as pessoas em situação de vulnerabilidade econômica e social.

Os maiores desafios vêm sendo conseguir contribuições para que o projeto siga adiante. No começo as pessoas estavam mais solidárias, agora já se acostumaram com a situação embora a situação em geral não tenha melhorado.

Os maiores desafios vêm sendo conseguir contribuições para que o projeto siga adiante.

Além do apoio emergencial, buscamos ser uma base de apoio permanente bem como a construção de uma casa abrigo LGBT na região. Buscamos estar sempre ativos nas redes, mantendo atualizadas, mas ainda assim somos poucos e nem sempre tem a rapidez ideal.

Com certeza, estas são demandas antigas, mas que estavam camufladas, a pandemia evidenciou a situação de vulnerabilidade da pop LGBT na região.

Queremos continuar com o financiamento para poder continuar com o projeto, mas como disse anteriormente, cada vez menos temos adesão o que o inviabiliza. Gostaríamos de manter o projeto e conseguir a casa de acolhida.

Atualmente meu maior sonho é tudo isso acabar logo.”

Instagram @prismalgbt