Diálogo sobre a tecnologia fascista, nazista e genocida no Brasil
Por Ágatha Pauer*
A realidade à qual o Brasil está exposto é o fruto de uma projeção de ódio que se popularizou para que uma política genocida pudesse acontecer. De acordo com a filósofa Djamila Ribeiro, o que vivemos hoje não é uma crise institucional, mas sim uma crise civilizatória. Tomar conhecimento disso é compreender que pensar política é também pensar em tecnologia.
Até porque tecnologia também é uma invenção e criação de técnicas, discursos e argumentações que estabelecem poder dentro da sociedade. Sendo ela elitista, branca, cisheteronormativa e sobretudo colonial. Adotando dessa maneira em sua estrutura e expressão uma linguagem, estética e subjetividade que fere a liberdade do outre destinando essa realidade à morte.
Consequentemente, toda essa ideologia gera uma tecnologia que submeteu e/ou submete o nosso País a um desenvolvimento a partir de um alicerce da colonização que produziu e lucrou com morte, estupro e escravidão. Assim sendo, o governo de longe representa um desgoverno.
Na realidade, é um projeto de governo muito bem pensado pra quem e como governar. É uma política que ou mata de fome, vírus, bala ou de forma subjetiva. Porque se antes era a natureza que fazia a sua seleção natural, levando os mais fracos (pretos/indígenas) e deixando os mais fortes (brancos) dentro do darwinismo social, hoje é o próprio governo que faz questão de fazê-lo.
Na realidade, é um projeto de governo muito bem pensado pra quem e como governar. É uma política que ou mata de fome, vírus, bala ou de forma subjetiva.
Toda a sua candidatura foi sistemicamente calculada por anos. Desde a sua postura, “comicidade” e dramatização.
O presidente apenas alimentou o imagético social de forma escrachada. Dando ao pobre a ilusão, dando ao povo um “Jesus Cristo” e dando ao Brasil uma solução conservadora que muitos cultuam até o dia de hoje.
*Ágatha Pauer é criadora de conteúdo, atriz e travaturga, estudante do @iffcampuscabofrio e ex-bolsista do projeto de arte e cultura. Atualmente é coordenadora do movimento de mulheres da RL e filiada ao @gruposiguais.