Olimpíadas 2020 já são medalha de ouro em diversidade e representatividade
As Olímpiadas 2020 em Tóquio já garantiram medalha de ouro para a diversidade. Literalmente falando, o nadador inglês Tom Daley conquistou uma medalha de ouro. Figurativamente falando, a neozelandesa Laurel Hubbard, que fez a transição do gênero masculino para o feminino, disputará na categoria de mais de 87 kg no levantamento de peso.
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Tom e sua dupla Matty Lee conquistaram o lugar mais alto do pódio na categoria de 10 metros de mergulho sincronizado (aquele em que a pessoa pula do trampolim altíssimo e vai girando, girando). Campeão olímpico aos 27 anos e gay assumido, conquistou também o coração de toda a Grã-Bretanha – que não para de elogiar a performance da dupla.
Já Laurel ainda não competiu, mas é medalha de ouro em representatividade. É a primeira trans a participar dos jogos sem passar pela maratona de exames, testes e documentos pela qual passou, por exemplo, em 2008, em Pequim, a ciclista canadense Kristen Worley.
Aos 43 anos, Laurel chegou a Tóquio já com o sim da organização das Olimpíadas, que ao longo dos anos (não na velocidade que esperamos) vem adaptando as regras do jogo. O que é necessário para acompanhar uma realidade onde atletas trans fazem parte das equipes ou são as EUquipes – e provam ser tão capazes quanto atletas cis.
As Olimpíadas já têm diretrizes para a participação de mulheres trans: devem mostrar que o nível de testosterona em seu sangue permaneceu inferior a 10 nanomol/litro por ao menos 12 meses antes de sua primeira competição e durante todo o período em que estão competindo.