Documentário quer reunir depoimentos de pessoas com HIV sobre visibilidade nas telas de cinema
Mesmo após quatro décadas de pandemia de HIV, a visibilidade de pessoas positivas nas telas de cinema não é nada satisfatória no Brasil. É uma realidade que o cineasta Ricky Mastro, o ator e dramaturgo Ronaldo Serruya e a produtora Diana Almeida querem mudar com o projeto de nome direto, claro e super explicativo “Invisíveis”.
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É um documentário colaborativo onde pessoas que nasceram com o vírus podem gravar um vídeo contando suas experiências e dizendo como gostariam de se ver retratadas nas telas. A gravação pode ter até 3 minutos e vai ao ar no Facebook e no Instagram da iniciativa. O vídeo deve ser enviado pelo WhatsApp (11) 98573-3853.
“Como você, pessoa vivendo com HIV, deseja ser vista nas telas de cinema? Como vocês acham que deveriam ser as narrativas, as histórias contadas sobre nós nas produções audiovisuais hoje?”, questiona Ronaldo, que vive com HIV há pelo menos sete anos e leva sua experiência para sua obra, pensando estigmas que ainda perduram sobre corpos positivos.
De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável.