Paranaense Bianca Rocha celebra o amor em videoclipe protagonizado por pessoas trans
Perto de divulgar seu primeiro disco, previsto para sair em setembro deste ano, Bianca Rocha apresenta “Despenteados”, que tem videoclipe protagonizado por pessoas trans. Composta por Carlito Birolli e Du Gomide, a faixa foi produzida pela própria cantora, em parceria com Rodrigo Simões, para celebrar o amor como revolução.
Na sonoridade, uma MPB cheia de frescor ganha melodia marcada por elementos afro-brasileiros em sua construção. “Essa música reflete sobre como as trocas verdadeiras de afeto conseguem mudar o nosso olhar, humor, disposição e jeito de levar a vida”.
Acompanhando a estreia, um videoclipe dirigido por Cássio Kelm, que é transmasculino não-binárie, traz imagens dos artistas Noam Scapin e Lilo Gonzales, também trans, performando cenas solares, românticas, divertidas e leves.
“Não quero focar na transgeneridade e na não-binariedade como uma coisa incomum ou sensacionalista. Ao contrário disso, minha ideia é mostrar naturalidade. São pessoas que existem, trabalham, estudam e, principalmente, amam e são amades”, destaca.
Nascida na região sul do Brasil, em Ponta Grossa (PR), Bianca Rocha cresceu cantando as singelezas da vida. Aos 6 anos, a menina de voz forte ganhou seu primeiro troféu como intérprete em um rodeio gaúcho. Durante a infância, foram quatro títulos estaduais e um nacional.
De lá pra cá, foram muitos os festivais e programas de TV cantando MPB, bossa e jazz. Participou de discos de nomes como Du Gomide, Alisson Camargo e Florian Bill; também compôs e produziu quatro álbuns infantis.
Em 2019, mudou-se para Montreal, no Canadá. Lá foi convidada para participar do Festival Internacional Nuit’s d’Afrique, foi selecionada para a série DÉCLIC e participou de discos de artistas como Rodrigo Simões, Diogo Ramos (assinando os arranjos vocais) e Guillaume Dion, que a convidou para dar voz a uma versão de “Como Nossos Pais”, de Belchior para um projeto multicultural, no qual cantoras de diversas nacionalidades interpretam faixas emblemáticas de suas culturas.