Maquiador baiano arrasa na montação para se vacinar e reforça militância a favor da Ciência
Você vive em um país desgovernado por uma triste figura negacionista. Vive em um país onde vacina para salvar vidas vira Caixa 2 em superfaturamento. Em um país onde as vidas das pessoas (salvá-las ou ignorá-las) virou palanque eleitoral para 2022. Então você pode sim arrasar na montação na sua hora de ser vacinade contra a Covid-19.
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O mais novo sucesso é o vídeo do maquiador baiano Weel Silva, que não economizou na caracterização, na crítica e na representatividade e foi toda de jacaroa tomar sua dose. Salto alto, peruca, make bafo, catwalk e um “Fora Bolsonaro” para coroar este momento de militância.
Porque ser vacinade no Brasil é um ato de militância, de resistência. Em um desgoverno federal que tenta de todas as maneiras nos matar, nos jogar para debaixo do tapete, nos invisibilizar, oferecer o braço para a Ciência é um grito contra o negacionismo.
Mais de 122 milhões de pessoas receberam a primeira dose e mais de 55 milhões tomaram as doses necessárias e estão imunizadas, segundo dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa às 20h deste domingo (22).
Em um desgoverno federal que tenta de todas as maneiras nos matar, nos jogar para debaixo do tapete, nos invisibilizar, oferecer o braço para a Ciência é um grito contra o negacionismo.
Na primeira dose, foram vacinadas 122.830.226, o que corresponde a 58,01% da população. Entre os imunizados estão 55.068.521 pessoas, o que corresponde a 26,01% da população. Somando a primeira, a segunda e a dose única, são 177.898.747 doses aplicadas.
Cada uma dessas doses carrega em si uma história, um grito pela vida, uma lembrança daqueles que se foram sem ter a chance de serem imunizades porque o governo federal estava mais preocupado em ganhar propina do que em salvar a população.
Então sim, a montação, a performance, o grito de “Fora Genocida” e todo tipo de manifestação pela vida, pela ciência e pelo SUS vale. Não, não cansou ainda. Não “já deu” de gente maravilhosa transformando a vacinação em espetáculo.
Porque criticar quem faz seu show na hora da vacina é normalizar a pandemia. É colocar a Covid, que nos derruba há mais de um ano, em um patamar sem perigo – o que, ironicamente, é um perigo. A pandemia não acabou, a luta não acabou e a gente ainda não acabou.
LGBTs vivem, resistem, se vacinam e gritam contra quem quer nos matar. Viva o SUS. Viva a Ciência. E Fora Genocida!
Pathy Musa
24/08/2021 14:43
Que orgulho que eu sinto em morar na mesma cidade que esse artista mora. Weel maravilhoso.