Londrina veta criação de Conselho LGBT e mostra como ser conservadora e atrasada nos direitos humanos
Não foi desta vez que a cidade paranaense de Londrina mostrou que é moderna e progressista como gosta de clamar sua população. A Câmara de Vereadores cedeu à pressão de religiosos radicais e rejeitou a criação do Conselho Municipal dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ na sessão realizada na tarde desta quinta-feira (23). Foram 12 votos contrários e 5 favoráveis ao projeto de lei encaminhado pelo Executivo Municipal.
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O projeto de lei precisava de, no mínimo, 10 votos favoráveis para passar ser aprovado. Com essa votação de maioria contrária, foi arquivado. Antes da votação, entidades foram consultadas e algumas se posicionaram favoráveis a criação do conselho, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e Arquidiocese de Londrina.
A votação contou com presença da militância LGBT londrinense, mas não foi o suficiente para demover vereadoras e vereadores sobre a proposta enviada pelo prefeito Marcelo Belinati (PP). Ele defendeu publicamente a criação do conselho explicando que o colegiado seria consultivo, para indicar e debater políticas públicas, e não teria nenhum custo ao município, pois seria composto por 20 voluntários.
Belinati ainda justificou a criação do conselho afirmando que a população não pode fechar os olhos para a violência enfrentada pelas pessoas LGBTQIA+ e que o conselho seria um espaço democrático para debater a realidade e a dificuldade vivenciada por estes moradores.
Confira os votos dos vereadores:
FAVORÁVEIS
- Chavão (Patriota)
- Deivid Wisley (Pros)
- Lenir de Assis (PT)
- Lu Oliveira (PL)
- Matheus Thum (PP)
CONTRÁRIOS
- Beto Cambará (Podemos)
- Eduardo Tominaga (DEM)
- Emanoel Gomes (Republicano)
- Giovani Mattos (PSC)
- Jairo Tamura (PL)
- Jessicão (PP)
- Madureira (PTB)
- Mara Boca Aberta (Pros)
- Nantes (PP)
- Prof.ª Sonia Gimenez (PSB)
- Roberto Fú (PDT)
- Santão (PSC)
AUSENTES
- Daniele Ziober (PP)
- Prof.ª Flávia Cabral (PTB)
Foto: RPC