Central Única dos Trabalhadores (CUT) quer fortalecimento dos núcleos representativos de pessoas trans
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) vai focar na criação e no fortalecimento dos núcleos representativos de pessoas trans nas centrais estaduais e nos sindicatos filiados. É o que a entidade decidiu neste mês, em São Paulo, em evento promovido pela Secretaria Nacional de Políticas Sociais e Direitos Humanos.
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O 3º Encontro Nacional LGBTQIA+ reuniu representantes de todo o país para o debate de temas como o sindicalismo LGBTQIA+ na América Latina, a conjuntura política nacional, a interferência nas negociações coletivas a partir da visão da identidade de gênero e orientação sexual, além de avançar no plano de trabalho coletivo.
No país, os núcleos estão presentes na CUT São Paulo, Paraná, Bahia e Espírito Santos. Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Maranhão e Ceará ainda não possuem núcleos LGBTQIA+. O evento definiu também o incentivo à formação de lideranças sindicais voltadas para as pautas de gênero.
Valéria Mendonça, diretora do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Ceará (Mova-se), destacou que é essencial “promover as pautas inerentes nas lutas e reivindicação das lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, eliminando a discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuindo para a redução das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo a população LGBTQIA+”.
“Atualmente não sabemos o número de pessoas LGBTQIA+ nos postos de trabalho e suas reais necessidades. Por isso, é importante a criação desse núcleo que vai fazer essa ligação entre a necessidade e suas representações trabalhistas”, ressalta Erlon Schüler, diretor do Sinpro/RS e representante do RS no encontro.
Fotos: Mova-se