“Stonewall – Onde o Orgulho Começou”: a produção de Hollywood baseada em um momento histórico
Por Eduardo de Assumpção*
“Stonewall – Onde o Orgulho Começou” (Stonewall, EUA, 2015) é um filme de Roland Emmerich que narra as revoltas da comunidade LGBTQIA+ em Nova York ,em 1969. Não é um documento sóbrio, mas uma produção de Hollywood baseada em um momento histórico. Estilisticamente, o filme é bastante impressionante!
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Os eventos na Christopher Street ainda ressoam e têm efeito hoje como uma espécie de mito fundador do movimento queer, que encontra expressão nas Paradas LGBTIQA+ em todo o mundo. A mensagem: independe da orientação sexual. Roland Emmerich ancora essa atitude em relação à vida com seu filme, tornando os eventos históricos tangíveis para um público que estava longe de ser nascido na época.
Qualquer um que seja jovem e gay hoje provavelmente pode se identificar com o personagem principal Danny Winters (Jeremy Irvine). Quando ele é expulso de casa por seus pais, porque descobrem que ele é gay, seu mundo desmorona.
Ele foge para a grande cidade de Nova York, onde tem que sobreviver como fugitivo. Quando os garotos da rua finalmente mostram a ele o Stonewall Inn, Danny conhece pessoas que pensam da mesma forma e começa a entender que ele não está tão sozinho no mundo quanto pensava anteriormente, alguns personagens são baseados em pessoais reais. As cenas noturnas do filme são deslumbrantes e têm muito a oferecer.
As cores profundas e os contrastes fortes criam uma atmosfera harmoniosa que dá ao filme um clima inconfundível. Stonewall: Onde o Orgulho Começou triunfa por apresentar a espectadores mais jovens, o assunto pela primeira vez em uma grande produção no cinema e incentivar a mergulhar, mais a fundo, nos antecedentes históricos do movimento LGBTQIA+. Disponível no @telecine
*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com
Instagram: @cinematografiaqueer
Twitter: @eduardoirib