ESPECIAL ELEIÇÕES: Câmara Distrital pode ter em 2023 com Aysha Lion sua primeira deputada trans
A professora de Artes Cênicas Aysha Lion compõe a candidatura coletiva Donas – Mulheres de Luta, do PSol, para a Câmara Distrital do Distrito Federal. Ela é estudante de Psicologia e chega com o número 50000 para ser eleita como a primeira trans a ocupar o cargo.
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A futura mandata é formada ainda pela professora Susana Xavier e por Joice Marques, diretora do aquilombamento urbano Casa Akotirene. As propostas são focadas principalmente em grupos minoritários e o objetivo é fazer uma Política de todes, onde grupos minoritários são ouvidos e, melhor ainda, atendidos.
A importância de votar é pela nossa sobrevivência, pelas nossas vidas.
“A gente acredita que não apenas as pessoas LGBT precisam de representatividade, mas também as pessoas negras, as pessoas com deficiência, todas as pessoas de grupos minoritários. Este é o ano de fazer a diferença, é agora ou nunca”, defendem na entrevista a seguir:
Por que as pessoas devem votar em vocês?
Porque é a campanha mais linda que essa cidade já viu. O Distrito Federal nunca elegeu mulheres negras para a Câmara Distrital. E somos mulheres de luta, progressistas, que têm um histórico de estar trabalhando na base desde sempre. A gente quer colocar a primeira mulher trans na Câmara Distrital junto com o nosso coletivo. A gente pretende trabalhar as políticas afirmativas, melhorá-las, sempre sob o aspecto de inclusão da mulher, do povo negro, da comunidade LGBT, das pessoas com deficiência, com autismo, com Síndrome de Down.
O que você pretende fazer quando se eleger? Quais suas três principais propostas?
Nossas três principais propostas são a Renda Básica, assalariamento das mães solo, do trabalho doméstico. Tarifa zero no transporte público. Queremos também criar um centro de referência para pessoas autistas com direito à convivência, a tratamentos. Para a comunidade LGBT, defendemos a harmonização pelo SUS, a redesignação pelo SUS como direito garantido.
Nosso sonho é exatamente este, conseguir transformar essa realidade para melhor, para outro patamar de liberdade, de respeito, de igualdade.
Qual a importância de votar em e eleger pessoas LGBT por todo o Brasil?
A gente acredita que não apenas as pessoas LGBT precisam de representatividade, mas também as pessoas negras, as pessoas com deficiência, todas as pessoas de grupos minoritários. Este é o ano de fazer a diferença, é agora ou nunca. A importância de votar é pela nossa sobrevivência, pelas nossas vidas.
Como você espera que seja o Brasil em 2023? Qual seu maior sonho?
A gente espera que em 2023 o Brasil tenha muitas candidaturas progressistas eleitas, que as mulheres negras, as LGBT, consigam se eleger, e todos os grupos minoritários, indígenas, negros, para a gente poder mudar a cara da Política no Brasil. Nosso sonho é exatamente este, conseguir transformar essa realidade para melhor, para outro patamar de liberdade, de respeito, de igualdade.
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