Governo Federal nomeia travesti Symmy Larrat para comandar Secretaria Nacional LGBTQIA+
A jornalista e ativista paraense Symmy Larrat vai ocupar a chefia da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+ no governo Lula (PT). O anúncio foi feito pelo futuro ministro de Direitos Humanos, professor Silvio Almeida.
Leia também:
Symmy Larrat faz História no movimento LGBT e agora mira a Câmara Federal
Retranspectiva 2022: Tivemos muitos desafios, é verdade. Mas também tivemos muitas conquistas!
Carta da Antra ao presidente Lula e à equipe de transição de governo
“Sei do imenso desafio que será essa tarefa e do que o momento histórico exige de nós e espero dar as respostas necessárias e que nossa população precisa. Vai ter travesti sim no governo e em local de destaque no segundo escalão do Ministério de Direitos Humanos, um espaço que nunca antes fora ocupado por alguma de nós”, comemorou.
“Pela simbologia, pelas nossas vidas e em respeito a toda minha trajetória quero estar à altura da tarefa. Agradecer a toda militância que de pronto me acolheu.” Symmy é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Pará e militante da causa LGBTQIA+ – com um currículo que inclui a gestão nacional LGBTQIA+ no governo de Dilma Rousseff (PT) e na prefeitura de São Paulo na gestão de Fernando Haddad (PT).
Silvio Almeida disse que Symmy “agrega todos os predicados essenciais para o exercício desta histórica função: capacidade de gestão, ativismo e propensão ao diálogo, sem jamais abdicar da intransigente defesa dos direitos da população LGBTQIA+”.
Pela simbologia, pelas nossas vidas e em respeito a toda minha trajetória quero estar à altura da tarefa.
Symmy é atualmente presidenta da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT), a maior do continente latino-americano e uma das mais atuantes do Brasil. Antes da transição, fazia performances de drag queen e tinha como referências de sua época Rogéria e Roberta Close.
Começou a ocupar a área política ao entrar na comunicação da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), como conselheira, implantando então uma rede estadual LGBT no Pará. Nas eleições de 2022, foi a primeira travesti candidata à deputada federal pelo PT-SP.