“Acampamento Sinistro” se mantém polêmico mesmo 40 anos depois de ser lançado

Por Eduardo de Assumpção*

“Acampamento Sinistro” (Sleepaway Camp, EUA, 1983) O filme, de Robert Hiltzik, nos leva a um passeio selvagem e transgressor que culmina no plot twist mais chocante e controverso de um filme slasher. O longa acompanha Angela Baker(Felissa Rose), uma adolescente tímida e introvertida. O passado traumático de Angela é revelado através de flashbacks, mostrando que ela perdeu seu pai e irmão gêmeo em um trágico acidente de barco anos antes.

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Depois de perder sua família, Angela é enviada para viver com sua excêntrica tia e seu primo protetor. Tia Martha (Desiree Gould) faz um discurso estranho sobre como será um verão maravilhoso antes de empurrar os dois jovens adolescentes para o acampamento.

Ao chegarem ao Acampamento Arawak, Angela se torna alvo de ridicularização e bullying de seus colegas, bem como de alguns membros da equipe. Ela se recusa a falar com qualquer pessoa, exceto o primo, Ricky (Jonathan Tiersten). O cozinheiro do acampamento tenta molestar Ângela, apenas para ser severamente queimado por uma panela de água fervente.

Embora tenha sido claramente intencional, o proprietário do acampamento, Mel(Mike Kellin), tenta minimizar o incidente. Mas, à medida que o verão avança, uma série de assassinatos horríveis e misteriosos atormentam os campistas e funcionários. Naturalmente, Mel fica cada vez mais paranoico sobre a reputação de seus negócios e suspeita que Ricky seja o assassino.

Enquanto isso, um campista chamado Paul(Christopher Collet) desenvolve um interesse romântico em Angela, e eles compartilham um beijo, o que alimenta ainda mais as fofocas do acampamento. À medida que a contagem de corpos aumenta, a polícia começa a procurar os campistas desaparecidos, apenas para fazer uma descoberta genuinamente chocante.

A história é simbólica do processo violento, brutal e implacavelmente confuso pelo qual tantas pessoas passam enquanto lidam com as difíceis idiossincrasias de crescer questionando o gênero simultaneamente.

*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com

Instagram: @cinematografiaqueer

Twitter: @eduardoirib