Estado de Alagoas amplia atendimento às necessidades de sua população LGBT+

O Estado de Alagoas tem caminhado bem para atender as especificidades da população LGBT+. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Comitê Técnico de Saúde Integral da População LGBT, tem ampliado os serviços voltados à diminuição da desigualdade de acesso às ações de promoção da saúde, prevenção de doenças, realização de consultas, exames e procedimentos cirúrgicos.

Leia também:

Governo de Alagoas firma parceria para resgate de direitos e inclusão profissional da população trans

Capital alagoana rema contra onda de conservadorismo e chama eleição de seu Conselho LGBT

Maceió cria prêmio de direitos humanos para a população LGBT homenageando ativista Jadson Andrade

A Sesau capacitou 659 profissionais para assegurar o uso do nome social nos registros do Sistema de Informação em Saúde (e-SUS), evitando a LGBTfobia. A ação contemplou os profissionais da Coordenação da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Maceió, das Unidades Básicas de Saúde (UBS), da Atenção Básica do Sistema Prisional, do Programa Consultório de Rua e das redes Pré-Hospitalar, Hospitalar e da Hemorrede do Estado.

Para as vítimas de violência sexual, a equipe do Comitê Técnico de Saúde Integral da População LGBT também divulgou, por meio de palestras em Organizações Não Governamentais (ONGs) e grupos de apoio, os serviços disponibilizados pela Ala Lilás, que atende pessoas vítimas de violência e que fica localizada no Hospital da Mulher (HM), em Maceió. Durante as palestras, foi informada a estrutura disponível, o fluxo para atendimento e quais profissionais integram a equipe multidisciplinar.

Também foi reaberto o Ambulatório de Hormônio Transição, que funcionava no Hospital da Mulher e migrou para a Clínica da Família Dr. João Fireman, no bairro Jacintinho, em Maceió. O serviço presta assistência no âmbito ambulatorial, como acompanhamento clínico, pré e pós-operatório e disponibiliza a hormonioterapia e exames de imagem, contribuindo para o processo transexualizador.

A Sesau capacitou 659 profissionais para assegurar o uso do nome social nos registros do Sistema de Informação em Saúde (e-SUS)

Por estar localizado na Clínica da Família Drº João Fireman, o Ambulatório LGBT assegura assistência multidisciplinar, possibilitando atendimento integral aos usuários. Isso porque, além dos serviços exclusivos disponibilizados pelo ambulatório, a população LGBT conta com médico endocrinologista, clínico, ginecologista, mastologista, urologista, otorrinolaringologista e proctologista, que realizam atendimento na unidade de saúde.

O Estado conta ainda com a Política Estadual de Saúde Integral LGBT, instituída por meio da portaria nº 2.744, publicada na edição eletrônica do Diário Oficial do Estado (DOE), e que pode ser acessada neste link.

Por estar localizado na Clínica da Família Drº João Fireman, o Ambulatório LGBT assegura assistência multidisciplinar.

A portaria é norteada pela Política Nacional de Saúde Integral LGBT, instituída em 1º de dezembro de 2011 e, entre as suas diretrizes, está o processo transexualizador no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Para a sua efetivação, no entanto, a Sesau levou em consideração o Relatório Final da 14ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), realizada em 2012, conforme destacou Marcos Paulo Santana, assessor técnico de Políticas Transversais da Sesau.

“Com a Política Estadual de Saúde Integral LGBT, atuamos para ampliar e qualificar a Rede de Serviços do SUS voltada à atenção e ao cuidado integral à saúde da população LGBT. Desse modo, garantimos às pessoas LGBTs o respeito e a prestação de serviços de saúde com qualidade, bem como, a resolutividade de suas demandas e necessidades na área da saúde pública”, aponta Marcos.