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ANGELS VOLLEY

Time abre as asas para acolher mulheres trans que querem arrasar dentro de quadra

Há 11 anos, o Angels Vôlei surgiu em São Paulo para levar mais diversidade para dentro das quadras, ainda pouco ocupadas, por exemplo, por mulheres trans. Foi percebendo esta lacuna que o time decidiu, há cerca de nove meses, abrir suas asas para as meninas formando um time todo só para elas.

Isso porque, com a transição, muitas vezes elas não conseguem se encaixar no que o esporte espera do masculino e do feminino, do padrão estabelecido até aqui. Mas nada melhor então do que construir uma nova realidade, onde as jogadoras são mais vistas pelo seu talento do que qualquer outro ponto.

A ideia surgiu quando Willy Montmann estava com seu time participando da Virada Esportiva na capital paulista em 2018. Ele conversou com algumas trans e percebeu que elas amariam jogar vôlei, mas em um espaço onde fossem respeitadas. Willy percebeu que o Angels tinha esse espaço e, já no primeiro treino, 33 meninas apareceram para arrasar em quadra.

Atualmente, o time conta com 18 mulheres trans e 10 cis que treinam duas vezes por semana para encarar desafios como um campeonato, neste mês, em Campinas (SP). Todos os times da competição são de mulheres, mas somente o Angels entra em quadra com elenco cheio de inclusão com também jogadoras trans.

“Eu nunca vi um time tão unido e presente como o feminino. Elas falam que é uma oportunidade única”, se orgulha Willy, contando ainda que a equipe das meninas já jogou contra times masculinos e ganhou e já empatou e ganhou de equipes femininas – ou seja, um time como qualquer outro.

É a busca pela inclusão completa, sem diferenciação, que guia o trabalho do Angels. “Queremos tirar esse estigma de que elas são supermulheres. Não somos um time de mulheres superpoderosas, não é algo fora do normal. É isso que queremos mostrar.”

Carão

É justamente essa ideia de que há uma diferença entre atletas trans e cis o desafio a ser superado quando as meninas encaram um novo time. “As pessoas têm esse histórico de achar que a mulher trans tem mais força, isso não é verdade”, atenta Willy.

E a solidariedade do esporte também não fica de fora. Quando uma nova atleta chega ao time, sem saber jogar tão bem, as meninas a acolhem e ensinam e logo se tornam amigas. “Quando as pessoas começam a perceber essa realidade do quanto elas fazem para poder jogar como mulheres, elas começam a valorizar. Conviver transforma”, opina Willy.

Os projetos futuros incluem o sonho de participar dos GayGames 2022, a terceira edição da Copa Angels (2020) e um calendário com fotos dos times masculino e feminino do Angels aguardando apoio para tomar forma. Saiba mais pelo Facebook www.facebook.com/angelsvolley/ ou no Instagram @angelsvolley

Redação

Redação Ezatamentchy

2 Comments
  1. Hannah pedroza torres

    11/01/2022 21:14

    Amei…saber que existe um grupo de mininas trans,que formam esse time,infelizmente,moro in Mongaguá,porém como gostaria de parti vc upar desse grupo……

  2. Hannah pedroza torres

    11/01/2022 21:15

    Muita sorte em saber que existe esse grupo

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