Time de voluntários leva diversidade e inclusão para o jogo do ambiente de trabalho
Um grupo de indivíduos que acredita no diálogo e na ação para promover transformação, inclusão e impacto social. Esta é a definição do Games (Government Affairs, Media, Entrepreneurs & Supporters), que surgiu em 2015 para jogar um jogo onde ninguém fica de fora do time e todo mundo se consagra campeão de empatia e aceitação.
Essa história começou ainda em 2010, quando Salomão Cunha Lima se mudou de Recife para São Paulo e, no novo emprego, teve que colocar sua expertise em Relações Internacionais em prática para se assumir para o novo chefe. Não queria mais ficar no armário e tomou coragem, contou e foi muito bem recebido. “Foi incrível para mim”, lembra.
Mais uma mudança de emprego veio e o desafio de se assumir para a nova chefia se repetiu, mas lá foi ele com coragem e superou. Mais uma vez recebeu todo o apoio. “Minha chefe achou maravilhoso eu ter me assumido.” Mas toda essa alegria não escondeu uma preocupação com quem, ao contrário dele, não tinha toda essa boa recepção. Como ele, que se via privilegiado por isso, poderia ajudar?
As relações com amigos também das Relações Internacionais em mesas de bar começaram a tomar forma e o time decidiu iniciar os jogos, realizando eventos onde a inclusão e a diversidade dominavam a programação. Como o grupo atuava também com relações governamentais dentro das empresas, a equipe ampliou suas jogadas e hoje não tem esse nome por acaso.
Às vezes a gente se esquece de perceber o poder que cada um de nós tem para fazer essa transformação.
Games, explica Salomão, é uma sigla para englobar governos, mídia, empresários, advogados e apoiadores para realizar este trabalho que, no mesmo tempo de um ciclo olímpico, já realizou pelo menos 27 encontros e eventos, reunindo mais de 500 pessoas participando das e sendo impactadas pelas discussões.
Nos últimos encontros, o jogo girou em torno de temas como os 50 anos de Stonewall, a participação de LGBTI+ na política e nos esportes, empregabilidade de pessoas trans “e resistência para acolher quem estava desesperado pelos rumores da sociedade”.
Classificados
Rumores de um retrocesso que se tornou real e ameaça a posição da diversidade no pódio. Apontando que a volta do conservadorismo é global, Salomão conta que o grupo se prepara para oficializar como uma organização de indivíduos independentes de empresas e partidos, dependentes da vontade de incluir.
Indivíduos que estão de braços abertos para receber mais gente que queira ajudar nesta causa. Todo mundo pode ser voluntário do Games. “Às vezes a gente se esquece de perceber o poder que cada um de nós tem para fazer essa transformação”, lembra Salomão.
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