A Torre de Babel Cibernética
Por André Máximo*
São surpreendentes as possibilidades de se expressar atualmente. Com a internet, possuímos e consumimos todo tipo de assuntos possíveis com uma ferocidade incrível e muitas vezes sem observar o conteúdo. Uma oportunidade maravilhosa, mas que não está sendo bem aproveitada pela humanidade. Várias maneiras de falar, explicar, confundir, brincar e até de ganhar com esta comunicação mais acessível.
Infelizmente, esses excessos estão chegando ao seu ápice da loucura e perdição. Praticamente uma Torre de Babel Cibernética onde o objetivo coletivo não importa, o que importa é apenas frisar sua própria opinião.
Repare como nos comunicamos hoje em dia. Através de um simples post sabemos que a pessoa está ao menos viva, assim como um zap enviado pela manhã no automático, um smile como resposta ou um vídeo de autoajuda, já que não sabemos como fazer para ajudar ao próximo.
Nisso uma grande lacuna se abriu, obrigando o sentimento da “Saudade” a trabalhar arduamente. Criando e/ou reabrindo feridas corrosivas que insistem em machucar nossa pele, enquanto esperamos que o suave tintilar dos aparelhos eletrônicos acalente nossas almas.
Anos para a construção da escrita e toda forma de se expressar e, em pleno século XXI, vivemos em um chiado cibernético maior que não evolui e acaba nos deixando em dúvida da nossa própria existência. Muitos se afastaram da simplicidade universal, da evolução e do relógio do tempo, que continuam a girar. E essa Torre de Babel confusa, criada pela atual sociedade mundial, já demonstrou sua fragilidade.
Infelizmente, esses excessos estão chegando ao seu ápice da loucura e perdição. Praticamente uma Torre de Babel Cibernética onde o objetivo coletivo não importa, o que importa é apenas frisar sua própria opinião.
Sem perceber chegamos ao ápice dessa torre. E nessa última laje, muitos vivem como baratas perdidas entre outros que estão inertes aos acontecimentos. Isso acontece porque se distanciaram de sua base sólida. Observe a sua volta e onde você pisa. Sente-se confortável com aqueles que lhe cercam e com suas atitudes? Se essa Torre ruir, quantos estarão ao seu lado ou sobreviverão?
Sim, temos uma grande massa que ainda sobrevive inerte ou salvo dessa roubada energética. E que ainda convive na forma mais primitiva de comunicação para lembrar aos irmãos a sua importância para a humanidade. O abraço, o olho no olho, o aperto de mão, um beijo sem pretensão, um carinho qualquer, a presença, ou seja, o contato físico do Amor Fraterno.
O corpo sente falta desse tipo de contato. Já faz parte da nossa ancestralidade. É o momento de acessar essas lembranças para matar essa tal de “Saudade”. Consuma de forma saudável as tecnologias, mas não perca as oportunidades de se reencontrar com suas raízes carinhosas, de amar e ser amado. Viemos para produzir máquinas e não ser uma delas ou viver com elas nos comandando.
Sem perceber chegamos ao ápice dessa torre. E nessa última laje, muitos vivem como baratas perdidas entre outros que estão inertes aos acontecimentos. Isso acontece porque se distanciaram de sua base sólida.
A Torre vem esta semana para nos lembrar dessa simplicidade. Quem diria que retornar às origens se tornaria tão atual. Comunique-se com verdades no seu coração. Não imponha totalmente suas opiniões. Se doe e receba. Contemple o coletivo para que as suas palavras não caiam em vão e se tornem novamente mais uma voz no meio da multidão.
Mate sua “Saudade”. Abrace. Pé no chão para sentir a força e o conhecimento que o Universo nos proporciona. Respeite o histórico deste planeta. A limpeza já começou. Pois o termo Humanidade, no seu sentido mais puro, irá prevalecer. Viva!
*André Máximo, 42 anos, tarólogo, reikiano e umbandista.
Instagram @andremaximo