Toda essa cor nos avatares das empresas a partir de hoje é linda, mas esse arco-íris não pode esmaecer
O Mês do Orgulho LGBT+, coroado em 28 de junho, não tem espaço para dúvida: temos sim o quê celebrar. Primeiro que estamos vivos no país que mais nos mata no mundo todo. Segundo que, mesmo com uma nuvem pesada de intolerância, conseguimos estender nosso arco-íris, coroamos nosso movimento como o que realiza o maior evento cívico a céu aberto em todo o planeta.
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É neste morde e assopra que brasileiras e brasileiros comemoram este mês. Mas você precisa saber que nem tudo que reluz é ouro nas redes sociais e nem todo avatar com bandeira do arco-íris gosta da diversidade sexual. Justiça seja feita para algumas iniciativas genuínas, mas junho traz à tona todo tipo de gente que ama LGBT, de verdade ou não.
Então como não ser um novo eldorado na trilha de quem busca por ouro como a iniciativa privada? Uma riqueza com valor agregado, com uma consciência social exigida, não mais apenas bem-vinda, pelo mercado, pelos consumidores. Não é algo ruim a depender do que frutifica dessa iniciativa, se frutificar algo.
É neste morde e assopra que brasileiras e brasileiros comemoram este mês.
Junho é uma armadilha para confundirmos o genuíno e o hipócrita, ambos vestidos de arco-íris para esta ocasião. A esperança consiste em que um motive o outro, ou seja, que este movimento caça-níquel traga políticas de diversidade permanentes dentro das empresas, a contratação efetiva de pessoas LGBT para todos os níveis de cargos, a vontade de fazer diferente daqui para frente.
Toda essa cor nos avatares das empresas a partir de hoje é linda, marca presença, é sim um avanço. Mas esse arco-íris não pode esmaecer quando junho acabar e o pote de ouro no fim dele for encontrado.