Mais antigo grupo militante da América Latina em funcionamento, GGB faz vaquinha para reformar sua sede em Salvador

O Grupo Gay da Bahia (GGB) lançou uma vaquinha virtual com objetivo de levantar recursos financeiros para fazer a reforma de sua sede social localizada no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, atualmente fechada para atender à recomendação dos órgãos públicos sobre a necessidade de isolamento social.

O imóvel onde funciona as atividades do grupo é tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac). A reforma será feita em piso interno e pátio, paredes, pintura e prevenção de umidade, telhado de telhas de cerâmica, trocas de ripas, barrotes e aplicação tratamento contra cupins, fiação elétrica de telefonia fixa e internet.

O Grupo passa por dificuldades financeiras, sobretudo agora nesse momento delicado de pandemia. “Fechamos a sede por muito tempo, e como a área que estamos no Pelourinho é úmida, acrescido pela ação do salitre, muita coisa se deteriorou”, disse Cristino Santos, diretor da entidade. Segundo Cristiano, com a proximidade do Inverno a situação poderá se agravar ainda mais.

29 de fevereiro de 1980 nasceu em Salvador o Grupo Gay da Bahia. Entidade que já é patrimônio imaterial dos LGBT da Bahia e do Brasil (Foto: GGB)

O GGB não possui fonte geradora de recursos financeiros as atividades são realizadas por meio de projetos específicos. A entidade funciona em um prédio histórico composto de três andares na Rua Frei Vicente, 24. Oferece atendimento diário às pessoas para a distribuição de preservativos gratuitos, consultório psicológico, encaminhamentos aos serviços de saúde, reuniões de grupos específicos e espaço de lazer e convivência para a comunidade, inclusive turistas estrangeiros e nacionais.

Para conhecer melhor o projeto os interessados em contribuir podem acessar a Vaquinha número 1807683 clicando aqui

O Grupo Gay da Bahia foi fundado em 1980 pelo decano antropólogo Luiz Mott (foto em destaque), é o mais antigo em atuação e funcionamento no Brasil e na América Latina, acumulando 41 anos de ativismo em alguns momentos da história de muita tensão e opressão. Na opinião de Caetano Veloso “O GGB á Orgulho da Bahia”.