Prefeito de Maringá quer criar o Conselho Municipal de Direitos LGBT+, mas religiosos têm impedido a aprovação
Também conhecida como Maringay, a cidade paranaense de Maringá assiste uma batalha do prefeito Ulisses Maia (PSD) contra religiosos que querem impedi-lo de instalar o Conselho Municipal de Direitos LGBT+. O Projeto de Lei do Executivo enviado à Câmara Municipal já foi retirado do Plenário por nada menos do que quatro vezes seguidas.
Leia também:
Vereadora de Limeira quer levantamento LGBT no serviço de saúde para construir políticas públicas
No último dia 19, o Projeto de Lei Ordinária 16058/2021 seria votado em segunda discussão e recebeu 22 emendas. Pessoas contra e a favor da proposta compareceram ao Legislativo e se manifestaram a cada fala dos vereadores. Com a retirada de pauta, o projeto retornará à votação no dia 2 de setembro, quinta-feira.
Antes disso, no dia 17, a mesma Câmara que já barrou o uso do nome social nas repartições públicas municipais aprovou a proposta. Porém, em dois dias, as forças contrárias se mobilizaram. Liderados pela Ordem dos Pastores Evangélicos de Maringá (Opem), os contrários ao projeto foram à Câmara e impediram o avanço da proposta.
Alega-se que o Conselho LGBT+ não pode ter caráter deliberativo, argumento rebatido pela presidente da Associação Maringaense LGBT, Margot Yung.
Em entrevista à CBN, ela explicou que “na verdade, o que é um atentado, é fazer com que esse conselho seja diferente dos 58 conselhos que têm na cidade. Todos têm caráter deliberativo, consultivo e fiscalizador. E deliberativo porque nós podemos propor políticas públicas que vão beneficiar nós só a população LGBTI de Maringá, mas toda a população. Só que essas políticas vão melhorar o acesso da população LGBTI à saúde, à segurança, à educação pública de qualidade”.