Fábio: o projeto ainda tem um erro grave de nomenclatura que seria cômico não fosse trágico
Mais um projeto de lei quer proibir materiais LGBT para jovens e crianças, agora no Distrito Federal
O Distrito Federal é mais um a receber um absurdo projeto de lei para proibir conteúdo LGBT+ para crianças e jovens. Outras propostas como esta já foram apresentadas nas assembleias legislativas de São Paulo (Alesp), Pernambuco (Alepe), Espírito Santo (Ales) e Santa Catarina (Alesc) e, pelo bem da razão, não tiveram andamento.
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O projeto 2737/2022 foi apresentado em maio na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) pelo deputado Iolando (MDB). O parlamentar quer proibir a publicidade de qualquer material que faça alusão a “orientação sexual e gênero” entre crianças e adolescentes.
O PL iniciou tramitação no dia 4 de maio ao ser lido em plenário. Ele busca evitar que haja campanhas específicas para o grupo jovem que falem sobre diversidade sexual, ficando vedado o uso, inclusive, de linguagem neutra ou não binária.
A proposta aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Sociais da Câmara. De acordo com o autor da proposta, a medida se torna necessária, pois a criança “precisa ser protegida”. “Ela pode se confundir, desorientar. Pensar, por exemplo: ‘Sou homem e é possível isso?”
Não é uma crítica a esse movimento, só queremos coibir isso para as crianças.
Ele alega que não se trata de ser contra o movimento LGBTQIA+, mas de defesa dos mais jovens. “Quem tem sua bandeira pode continuar com ela. Não é uma crítica a esse movimento, só queremos coibir isso para as crianças.”
Iolando ressalta que não se trata de ser contra o movimento LGBTQIA+, mas de defesa dos mais jovens. “Quem tem sua bandeira pode continuar com ela. Não é uma crítica a esse movimento, só queremos coibir isso para as crianças”, destaca.
Resposta
O também deputado distrital Fábio Félix (PSol) criticou a proposta. “É óbvio que adolescentes precisam falar de diversidade sexual”, defendeu o parlamentar. “A lei de diretrizes e bases da educação prevê conteúdos transversais sobre essa temática, inclusive para ensinar que LGBTfobia é crime no Brasil. Somos o país que mais mata pessoas trans no mundo!!!”
Fábio ressaltou ainda que “falando nas pessoas trans, o projeto ainda tem um erro grave de nomenclatura que seria cômico não fosse trágico”.