Gabriela Garrido resgata memórias doces e ternas para celebrar lançamento de “Vidas Passadas”
Aprender a deixar para trás antigas versões de si é o tema de “Vidas Passadas”, próximo single autoral da cantora e compositora Gabriela Garrido. A canção traz toda a sensibilidade da artista ao falar sobre os ciclos da vida. “Vidas Passadas” é o terceiro lançamento do novo álbum autoral da carioca de 28 anos, “Quebrando Promessas”, que sai ainda em 2023.
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A faixa pode ser classificada como um rock indie e é conduzida por uma bateria e sintetizadores marcantes e atmosféricos que levam o ouvinte a ter a sensação de estar imerso na canção.
Gabriela conta sobre como a sonoridade se conecta com a letra e a proposta da música: “Sonoramente, a ideia de trazer esse instrumental flutuante, cíclico, viajante também vem dessa alusão ao tempo. A bateria vai conduzindo a canção de forma firme, como um relógio, só parando em momentos específicos em que a letra pede espaço, nos convidando a refletir. Os outros elementos da música (baixo, guitarras, sintetizadores) também executam padrões sonoros repetitivos, como espirais, dando a sensação de movimento, mas sempre retornando aos mesmos lugares”.
Ela explica que as “vidas passadas” não se referem à possibilidade de outras existências, mas sim a momentos da sua própria trajetória. “Me despeço de quem já fui e não sou mais. É necessário reconhecer essas antigas versões, abraçá-las até, mas sempre seguir em frente”, diz. A gente pediu para ela resgatar três memórias doces e ternas.
“Acho que vale ressaltar alguns capítulos da minha jornada musical, então vamos lá:
- Comecei a cantar na escola, em uma banda de Rock com amigos, e nunca vou me esquecer do sarau organizado pelo grêmio do colégio em que tocamos no então Teatro Odisséia, na Lapa. Já tinha me apresentado antes, sempre tímida, em situações um tanto “formais”, como apresentações de escolas de música, mas dessa vez era diferente. Cantar composições minhas, na frente do pessoal da escola, me fez sentir super vulnerável e mais nervosa do que nunca, mas o resultado foi um show catártico e divertido que eu nunca vou esquecer. Estar no palco com meus amigos me libertou, e foi com certeza o momento que me apaixonei pelo “fazer” musical. E já tem mais de 10 anos! Loucura.
- No aniversário de 90 anos da minha bisavó, que nos deixou há alguns anos, minha família organizou uma super festa e alguns de nós fizemos “serenatas” para ela durante o evento (sou uma entre algumas mulheres que cantam na família). Sentada numa cadeira, ela foi assistindo a cada apresentação. Já que ela gostava de Frank Sinatra e o resto da família já tinha escolhido músicas brasileiras, fui com “The Way You Look Tonight”. Foi super especial fazer isso por ela, uma demonstração de amor através da trilha sonora que sempre a acompanhou na vida.
- A gravação desse clipe é uma experiência que eu guardo com muito carinho. Foi tudo feito entre amigos em uma viagem que aconteceu logo após um período muito crítico da pandemia, então a coisa toda foi um pouco surreal e bem emocionante. Criar algo coletivamente, de forma presencial, após meses gravando o álbum à distância, significou ver esse trabalho ganhando vida, além de ter pessoas que admiro muito acreditando nele. O último dia foi cheio de agradecimentos e lágrimas de felicidade.”