Eleições: Pesquisa aponta crescimento de quase 100% na oferta de candidatos e candidatas trans para outubro

Pesquisa realizada pelo programa Voto Com Orgulho identificou que as Eleições 2022 serão realmente o momento LGBT+ na Política brasileira – ainda bem. O levantamento realizado entre os meses de junho e julho aponta aumento de 76% no número de candidaturas de pessoas da comunidade para outubro.

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Houve ainda crescimento de quase 100% na oferta de candidatos e candidatas trans, que passaram de 27 para um total 55 pré-candidaturas. O programa contabiliza 222 pré-candidaturas LGBT+ para as eleições proporcionais federais e estaduais.

Em junho, quando foi realizada a última pesquisa do Vote Com Orgulho, a comunidade somava 125 lançamentos. São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram o ranking, com SP ocupando o topo em número absoluto de candidaturas (42), e o Paraná na proporção em relação ao total.

Essas candidaturas são em sua maioria identificadas no espectro de esquerda, com 136 nomes, e centro-esquerda, com 39. Os extremos já acumulam uma baixa projeção entre os lançamentos na comunidade LGBT+, com 19 nomes na extrema esquerda e apenas dois na extrema direita. Os espectros de direita e centro-direita já somam apenas cinco pré-candidatos e pré-candidatas.

Toni: lançamento das candidaturas na comunidade não é garantia de inclusão

As legislaturas em sua maioria têm elevado grau de escolaridade, com 87% possuindo ensino superior completo ou incompleto. Dos 222 nomes, 40 possuem pós-graduação,  29 possuem mestrado e oito possuem doutorado. Os poderes aquisitivos são variados, com 30% recebendo acima de R$ 4,1 mil ao mês, e 40% recebendo até dois salários mínimos.

Segundo Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI+, o simples lançamento das candidaturas na comunidade não é garantia de inclusão, devendo ainda haver observação sobre como será o tratamento desses candidatos e candidatas na destinação de recursos de campanha dos partidos, bem como do tempo de rádio e TV.

Dos 222 nomes, 40 possuem pós-graduação,  29 possuem mestrado e oito possuem doutorado.

Outra preocupação que requer observação constante é o enfrentamento da violência política. “É fundamental que as organizações democráticas estabeleçam estratégias de ações para enfrentar a violência política e apoiar o direito à representatividade de nossas candidaturas nos espaços de poder”, declarou.

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