Longa sobre Whitney Houston mostra seus pontos altos, seus pontos baixos e os intermediários
Por Eduardo de Assumpção*
“I Wanna Dance With Somebody – A História de Whitney Houston” (Whitney Houston: I Wanna Dance with Somebody, EUA, 2022) ‘I Wanna Dance With Somebody’, de Kasi Lemmons, narra a vida e a carreira de Whitney Houston (Naomi Ackie). Durante sua jornada, Houston se tornou uma das cantoras mais populares de seu tempo, sendo chamada de vendida por certos membros da comunidade afro-americana, tendo um relacionamento com Bobby Brown (Ashton Sanders) e lutando contra o vício em drogas.
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O filme mostra momentos importantes da vida, como o relacionamento com outra garota Robyn Crawford(Nafessa Williams), e de sua carreira, como a gravação do videoclipe de ‘How Will I Know’, cantando o hino nacional no Super Bowl e interpretando algumas de suas canções mais famosas. ‘I Wanna Dance With Somebody’ aposta numa fórmula segura.
O filme tem uma abordagem convencional ao analisar vários aspectos da vida e da carreira de Whitney Houston. O longa mostra as origens de Houston no gospel, seus primeiros sucessos, suas grandes performances, seus problemas de relacionamento e mostra a relação com seu empresário, o produtor musical Clive Davis (Stanley Tucci).
Depois, há o estresse que ela sente quando descobre que seu pai administrou mal seu dinheiro, seu relacionamento com seu marido tóxico e mulherengo e suas batalhas contra o vício. O longa merece crédito por mostrar Whitney Houston durante seus pontos altos, seus pontos baixos e os intermediários. Mas, ‘I Wanna Dance With Somebody’ é uma versão higienizada da história de Whitney, uma história higienizada sobre uma mulher que lutava contra a dependência química.
‘Bohemian Rhapsody(2018)’, do mesmo roteirista Anthony McCarten, também sofre desse problema. Mas como é uma homenagem talvez não haja muito espaço para tamanha degradação. As atuações e a música são os dois elementos mais fortes do filme que o mantêm unido. Noami Ackie está muito bem escalada como Whitney Houston e tem uma performance fascinante.
O mesmo pode ser dito sobre Stanley Tucci. O que se sobressai mesmo é a celebração da música, o verdadeiro legado deixado por Whitney Houston. Em cartaz nos Cinemas!
*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com
Instagram: @cinematografiaqueer
Twitter: @eduardoirib