Comissão conclui relatório inicial para elaboração da política LGBTQIAPN+ da UFMG

A comissão encarregada de propor diretrizes para uma política LGBTQIAPN+ para a UFMG entregou à Reitoria, na semana passada, o relatório inicial de suas deliberações, resultado do seu primeiro ano de trabalho. Com a conclusão dessa etapa, a comissão, que tinha caráter provisório, será transformada na Comissão Permanente Diversidade de Gênero e Sexualidade, que ficará incumbida de dar andamento à implantação e à manutenção das iniciativas propostas.

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A comissão responsável pela produção do relatório inicial reuniu Cristina del Papa e Ricardo Augusto Jesus Sales (representantes dos servidores técnico-administrativos), Carlos Mendonça e Joana Ziller (representantes dos professores) e Arthur Benjamin Guimarães e Hiris Rian Silvério Pereira (representantes discentes). Esse grupo deve compor a base da comissão permanente a ser instalada, com uma ou outra variação de nomes.

Em publicação feita no Instagram na última quarta-feira, dia 11, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida destacou o “magnífico trabalho” realizado pela comissão no decorrer do seu primeiro ano de atividades, com vistas ao estabelecimento do que ela chamou de uma “política para a integração e permanência da comunidade LGBTQIAPN+ no ambiente universitário”. Sandra Goulart também exaltou as medidas de caráter prático já sugeridas pela comissão.

A comissão, que tinha caráter provisório, será transformada na Comissão Permanente Diversidade de Gênero e Sexualidade,

Em sua postagem, a dirigente lembrou que, para chegar às suas conclusões, os integrantes realizaram mais de uma dezena de reuniões internas e externas à UFMG e analisaram diferentes documentos de universidades do país. “Entre as indicações do relatório, destaco a criação das cotas trans, de parâmetros de uma política pública de diversidade de gênero e sexualidade na UFMG e do ambulatório trans na Universidade”, escreveu a reitora.

“Uma política pública de igualdade de gênero e sexualidade tem o objetivo de mitigar os impactos produzidos pelos marcadores sociais da diferença a partir da identidade de gênero ou da expressão da sexualidade de alguém”, explica-se no relatório. São medidas que visam a uma “justiça distributiva”, isto é, “políticas que avaliam o compartilhamento de bens positivos ou negativos buscando equilibrar desigualdades sociais historicamente praticadas e afirmadas”.