Coletiva Profanas produz longa-metragem sobre vivências trans com pré-estreia no dia 17

A Coletiva Profanas de Teatro estreia no cinema nacional com o filme dirigido e protagonizado pela travesti Morgana Olivia Manfrin.” fRuTaS!” apresenta em sua narrativa as fronteiras de vida e morte, espectador e protagonista que as geografias existenciais da população trans no Brasil nos proporcionam. O projeto foi realizado na histórica Cerâmica São Luiz, em Ribeirão Preto, e ganha pré-estreia na capital paulista dia 17 de julho na Mostra de Solos de Mulheres na Luz em SP.

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O grupo estreia esse filme quando o Brasil segue como campeão em assassinato de pessoas trans. A Coletiva é composta por pessoas trans faveladas artistas sobretudo vivas, profissionalizadas nas artes e agora com estreia e lançamento na linguagem do cinema nacional. Com um filme oriundo da adaptação para audiovisual da peça teatral homônima, com grande circulação interestadual, do Sul ao Nordeste. A obra é dirigida pela travesti Morgana Olivia Manfrin.

O espetáculo surgiu a partir do objetivo de naturalizar e problematizar a ‘presença’ de corpos trans e não-bináries em cena, após cinco anos de experiências teatrais e performativas em espaços urbanos, acrescido de uma pesquisa de mestrado e atual doutorado sobre a linguagem não binárie no PPGAC ECA-USP.

Morgana é mestra e doutoranda em Artes Cênicas pela USP na área de Teoria e Prática do Teatro e pesquisa em Trans-i- [ação]: Etapas do processo externalizador da performatividade de gênero de um corpo brasileiro na tecnologia da hormonização.

É dramaturga, performer, atriz, diretora, arte educadora e pedagoga de gênero. É formada em Artes Cênicas e Interpretação Teatral pela UnB e Direção Teatral pela UFBA. Defendeu em 2021 sua pesquisa de mestrado intitulada “Práxis Queer da cena:Percurso de corpos travestigêneres e trans não Binários nas artes cênicas contemporâneas brasileiras” sob orientação do estudioso de Teatro e Gênero Prof.Dr.Ferdinando Martins, professor da USP.

O espetáculo surgiu a partir do objetivo de naturalizar e problematizar a ‘presença’ de corpos trans e não-bináries em cena.

É autora das obras autobiográficas “fRuTaS&tRaNs-GRESSÃO. Histórias para Tangerinas e Cavalas-Marinhos.” (2018);“COCO!” (2019); “FURA! ou um objeto de penetração!” (2020) e “CartasPara(Ti)” (2021), sua obra mais recente é Ritu.1/Penetra! Trata-se da Performance Duracional de 06 horas (360 minutos que estreou em outubro de 2021 no CCSP (Centro Cultural São Paulo).