“Uma Equipe Muito Especial” se aprofunda na vida das mulheres para criar uma bela comédia dramática queer
Por Eduardo de Assumpção*
“Uma Equipe Muito Especial” (A League of Their Own, EUA, 2022) A série, de Will Graham e Abbi Jacobson, reinventa ‘Uma Equipe Muito Especial’, de 1992, estrelado por Madonna, Tom Hanks, Geena Davis, Rosie O’Donnell e Jon Lovitz capturando muito do espírito e charme do original enquanto se aprofunda na vida das mulheres para criar uma bela comédia dramática queer.
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É 1943 e conhecemos Carson Shaw (Abbi Jacobson) enquanto ela tenta freneticamente pegar um trem de sua cidade natal rural de Idaho para Chicago. Ela está indo para lá para participar da seletiva para o Rockford Peaches, um time que fará parte da All-American Girls Professional Baseball League (AAGPBL) que está sendo estabelecida enquanto muitos dos homens do país permanecem no exterior durante a Segunda Guerra Mundial.
‘Uma Equipe Muito Especial’ também mergulha mais fundo nas questões raciais e LGBTQ+ do que seu antecessor na telona. Durante os testes, uma jovem negra, Max Chapman (Chante Adams), acompanhada por sua melhor amiga Clance Morgan (Gbemisola Ikumelo), chega na esperança de ter a chance de provar que arremessadora talentosa ela é. Logo ela é informada de que a liga é “All-American” e não permitirá nenhuma jogadora negra.
A diretora de ‘Nunca fui Santa(1999)’ Jamie Babbit , que dirige os três primeiros episódios, mantém as coisas em movimento com uma energia vigorosa que combina com a exuberância que as mulheres sentem por terem sido selecionadas, ao mesmo tempo em que dá toda a emoção para respirar.
Embora Carson seja casada, com o marido fora servindo seu país na Europa, e Greta mantenha as aparências saindo de bares com homens e conversando sobre casos, há uma química palpável entre as duas mulheres da série e logo elas estão envolvidas em um romance arrebatador e adoravelmente doce.
Greta teve experiências com mulheres no passado, mas tudo isso é novo para Carson, e em uma época de pura discriminação. Conseguir ver essas duas mulheres se apoiando, se amando e se entendendo através de alguns altos e baixos é uma das melhores partes da atração. E as atrizes vão além de suas habilidades cômicas para mostrar drama.
Disponível no @primevideobr
*Eduardo de Assumpção é jornalista e responsável pelo blog cinematografiaqueer.blogspot.com
Instagram: @cinematografiaqueer
Twitter: @eduardoirib