Linda Brasil lamenta início trágico do Mês do Orgulho LGBT+ em Aracaju

O Mês do Orgulho LGBTQIA+ começou de maneira trágica em Aracaju (SE). Na tarde de 2 de junho, uma travesti foi alvo de uma tentativa de homicídio no Centro da cidade. De acordo com a Polícia Militar de Sergipe (PM/SE), dois homens em uma motocicleta vermelha dispararam contra a vítima e fugiram do local.

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A deputada estadual Linda Brasil (Psol) manifestou-se firmemente sobre o caso. Em seu pronunciamento, expressou solidariedade à vítima e sua família, destacando que sua equipe está acompanhando de perto o caso e mantendo contato direto com os familiares. “Nossa equipe esteve ontem na DAGV junto com a família da vítima. Infelizmente, o mês do orgulho começa com essa tragédia, reforçando que a luta contra a LGBTQIA+fobia ainda é longa. Somos mortas e mortos pelo simples fato de existirmos, de exigirmos respeito e de cobrarmos nossos direitos. Até quando?”, questionou a deputada.

A vítima encontra-se internada na ala vermelha do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse) em estado grave, recebendo cuidados intensivos. Linda Brasil garantiu que continuará prestando todo o suporte necessário. “Nossa Mandata está à disposição da família para oferecer todo o suporte que for da nossa competência, mas precisamos de uma resposta urgente dos órgãos de investigação e justiça”, declarou.

O crime foi registrado como tentativa de homicídio, mas até o momento, nenhum suspeito foi preso. Linda Brasil exigiu urgência na resolução do caso: “Os responsáveis precisam ser encontrados e responsabilizados. É inadmissível que mais um crime de ódio, no país que lidera as mortes de pessoas trans no mundo, fique impune”, cobrou.

Nossa Mandata está à disposição da família para oferecer todo o suporte.

A Polícia Civil está investigando o caso e pede que qualquer informação relevante seja comunicada pelo número 181. A deputada também ressaltou dados alarmantes da Transgender Europe (TGEU), que mostram o Brasil como líder no ranking mundial de assassinatos de pessoas trans pelo 15º ano consecutivo, sem a implementação de políticas públicas efetivas de enfrentamento.

“Segundo o TGEU, pelo 15º ano consecutivo, o Brasil ainda lidera o ranking de assassinatos de pessoas trans, sem apresentar políticas públicas efetivas de enfrentamento”, reforçou Linda Brasil.