Representatividade LGBT+ no Judô? Temos!

Muita representatividade LGBTQIA+ no esporte com os judocas Luis Garcia e Diego Varas no último fim de semana. É que nos dias 24 e 25 de agosto, Anápolis, Goiás, foi palco do Campeonato Brasileiro de Veteranos e Kata, reunindo 402 judocas em um fim de semana de intensas competições. E a dupla marcou presença com patrocínio nosso em parceria com o Hotel Chilli Pepper.

FOTOS: Dave Armano

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O evento, que contou com a presença do presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), Silvio Acácio Borges, e do presidente da Federação Goiana de Judô (Fegoju), Josmar Amaral, foi marcado por uma atmosfera de celebração do esporte e da amizade entre os praticantes.

As disputas envolveram atletas de 29 a 80 anos, organizados em categorias de peso e grupos etários, seguindo um regulamento adaptado às necessidades dos veteranos. A competição foi mais do que uma simples disputa; segundo a Federação Internacional de Judô (FIJ), ela se configurou como um festival esportivo e social que promoveu o bem-estar e a confraternização entre os judocas.

 

Uma das novidades deste ano foi a implementação do Protocolo de Avaliação Pré-Participação Esportiva, que exige uma série de exames laboratoriais, de imagem e cardiológicos para garantir a aptidão dos judocas. Introduzido pela CBJ no ano passado, o protocolo reforçou o compromisso com a saúde e segurança dos participantes, que, em sua maioria, não são atletas profissionais, mas sim apaixonados pelo judô como estilo de vida.

Luis Garcia disse que levou uma estratégia inovadora para as lutas, surpreendendo seus adversários. “Mudamos um pouco a estratégia de combate, focando em força e combinações técnicas, e reduzimos o volume de luta para buscar o ippon através da precisão técnica”, explicou.

FOTOS: Dave Armano

Ele também destacou a importância de manter o elemento surpresa. “Representamos o estado de São Paulo, que tem uma tradição forte no judô, e, pela campanha que desenvolvemos nas últimas competições, sabíamos que os adversários dos outros estados estariam estudando nossas lutas anteriores. A mudança tática foi essencial para surpreender nossos oponentes.”

Infelizmente, nenhum dos dois saiu com medalha. “Lutei bem, mas não deu”, avalia Garcia. Mas eles já se preparam para a próxima: vem aí ainda a Copa Rio e a Copa Paraná, ambas em setembro!