Pela primeira vez na História do Brasil, praça receberá nome de vítima de transfobia para homenageá-la

A boa notícia do começo de semana é que, pela primeira vez na História do Brasil, uma praça receberá o nome de uma vítima de transfobia como forma de homenageá-la. Os vereadores de São José dos Campos (SP) aprovaram o Projeto de Lei que denomina uma área do loteamento Vila Amélia, na zona sul do município, como Praça Suzy de Souza.

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A votação foi realizada na quinta-feira, 8 de dezembro, aprovando, por unanimidade, PL 207/2022, de autoria da vereadora Amélia Naomi (PT), que homenageia a ex-agente de saúde, que era travesti, e foi brutalmente assassinada a tijoladas, em 2011, em crime de transfobia.

Em suas redes sociais, a vereadora Amélia Naomi celebrou a aprovação do Projeto de Lei, afirmando que “esse é mais um passo na luta contra o preconceito”. O Projeto de Lei foi apresentado pela vereadora Amélia Naomi em junho de 2022.

À época, a representante do Poder Legislativo justificou a necessidade do projeto, citando a importância de acabar com a violência de gênero.

“Vivemos um momento histórico de grande intolerância incentivado pelas ações de um governo que insiste em propagar o ódio.”

“Vivemos um momento histórico de grande intolerância incentivado pelas ações de um governo que insiste em propagar o ódio e estimular a violência de gênero no Brasil. Isso nos motiva ainda mais a homenagear a memória de uma cidadã que foi assassinada por defender sua própria essência. Não à transfobia e ao transfeminicidio”, afirmou a vereadora Amelia Naomi.

O professor Fabrício Correia, atual presidente da Academia Joseense de Letras, ex-vereador e presidente do Fundo Social de Solidariedade do município, justificou a escolha da homenageada.

“Escolhemos nessa representação a travesti Suzy de Souza, nome social de Sidney de Souza, falecida 24 de junho de 2011, para nominar a primeira praça de nossa cidade em homenagem a uma pessoa transgênero, devido ao seu trabalho na área da saúde e defesa da liberdade de gênero. É um momento de grande significado para os direitos humanos no Brasil, não é uma simples nomeação de logradouro público, mas uma demonstração que o que nos torna iguais é sermos diferentes”, ressaltou o educador.