Vereadora Filipa Brunelli pede que Prefeitura de Araraquara crie programa de transferência de renda para pessoas trans  

A vereadora de Araraquara (SP) Filipa Brunelli (PT) deu um passo à frente para a cidadania de pessoas trans ao propor a criação de um programa de transferência de renda, de capacitação profissional e educacional para travestis e transexuais em extrema vulnerabilidade social. “Se queremos uma sociedade justa e igualitária precisamos de políticas públicas que atendam a todes, principalmente os que mais precisam das mesmas”, defende a parlamentar. 

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A Indicação 4248/2021 pede que o prefeito municipal, Edinho Silva (PT), converse com a Assessoria Especial de Políticas LGBTQIA+ para criar a iniciativa. Felipa explica que “tal pedido justifica-se pela necessidade de ofertar a população de travestis, mulheres e homens transexuais, que historicamente tem sido alvo de violências atreladas às suas identidades e expressões de gênero, um programa de transferência de renda que tenha a premissa de assistir esta população que apresenta crassas vulnerabilidades”.  

O conteúdo desse programa se baseia no acúmulo histórico do debate da inclusão, da correção da exclusão pela equidade, da discriminação positiva.

A proposta esclarece que o objetivo é realocar essas pessoas no sistema educacional, profissionalizar e inserir no mercado formal de trabalho, promovendo saídas da marginalização da qual se encontram. “Vejo muita gente criminalizando e inferiorizando nós pessoas travestis por estarmos na prostituição ou em serviços  desumanos’, mas será que já pararam para pensar e refletir do porquê desta situação? Com certeza não!”, reforça a vereadora. 

“O conteúdo desse programa se baseia no acúmulo histórico do debate da inclusão, da correção da exclusão pela equidade, da discriminação positiva. O emprego formal é, sem dúvida, um vislumbre e princípio da inclusão social desta população, sendo imprescindível a atuação do poder público na reparação de erros sistêmicos e no conferir perspectiva de vida à grupos tão fortemente marginalizado.”