Freud foi parar em Nárnia durante a 2ª Guerra Mundial. A gente explica
O médico austríaco Sigmund Freud revolucionou o mundo e jogou na cara das pessoas que elas tinham desejos – e não adianta negar. A 2ª Guerra Mundial também, de outra maneira, transformou o mundo. “A Última Sessão de Freud” é um filme que traz o pai da Psicanálise (vivido pelo mestre Anthony Hopkins) às vésperas do conflito bélico e com a língua afiada para cima de C. S. Lewis (Matthew Goode), o criador de Nárnia.
Leia também:
Atuação de Hugo Calderano é conquista para o movimento trans. Entenda
Enorme base de fãs gays com certeza se identificou com a trajetória dessa diva
Erro sobre quadro na abertura da Olimpíada mostra vitória do Cristianismo
O longa traz ainda Anna Freud (Liv Lisa Fries), a filha de Sigmund que tinha uma sexualidade, digamos, diferente do padrão da época, queer mesmo. Ela tem um relacionamento amoroso escondido, acobertado, amedrontado e (nos anos 1930) proibido com Dorothy (Jodi Balfour).
Uma batida da Gestapo, a polícia nazista, leva Freud e sua filha em busca de um exílio em Londres, Inglaterra. A guerra chega até lá também, e é nesta véspera de conflito que o longa mostra Freud e Lewis guerreando – com ideias, com os corpos e com si mesmos.
O pai de Nárnia é católico, irlandês e cheio de certezas construídas ao longo da vida pela sociedade. Freud tem a língua ferina e em duas frases, no máximo, desmonta um mito de séculos. Genial. Ser homossexual é algo comum, LGBT+ é diversidade humana, defende o médico, ofendendo o escritor – e provocando.
Não é nem de longe algo equivalente a uma sessão de terapia, mas já dá várias pistas sobre como a Psicanálise é uma aliada da felicidade – principalmente para a comunidade LGBTQIA+. Disponível na Max, Amazon Prime, YouTube, Google Play e Apple TV.