Grupo da Grande Florianópolis realiza eventos para conquistar espaços de igualdade e respeito para LGBT

Se quem sabe faz a hora e não espera acontecer, um grupo ativista da Grande Florianópolis fez ezatamentchy isso: acontecer. Sem muitos espaços de convivência LGBT onde pudessem ser quem são, decidiram em 2013 criar, com a cara e a coragem, quase sem apoio, um encontro, mas não apenas um encontro, o Encontro da Diversidade.

Com um nome que já diz muita coisa, a iniciativa veio de Mauky Rocha, que já administrava uma página ativista. Do virtual para o real foi um pulo, um grande salto, na verdade. “O Encontro da Diversidade nasceu com o objetivo de integrar pessoas LGBT a uma convivência mais harmoniosa com a sociedade promovendo encontros, eventos e afins”, conta Mauky à Ezatamag.

Objetivo é integrar pessoas LGBT a uma convivência mais harmoniosa

O objetivo é oferecer, quando não há isolamento social, obviamente, um espaço de reunião de LGBT e todo mundo que quer mais liberdade e igualdade, reverberando na organização de Paradas, festas e eventos em geral onde a diversidade sexual é a ordem.

O começo não foi tão colorido assim, mas isso não desanimou o grupo. “Na época a gente usava carro de som no evento, a gente se divertia muito. Quando o Encontro surgiu a gente não tinha autorização, fazia na cara e na coragem. Somente em 2016 que começamos a fazer uma coisa mais organizada”, lembra.

Uma organização que já realizou quatro Paradas do Orgulho em Palhoça, Grande Florianópolis, incentivando a convivência e ocupando espaços que nunca deveriam ter sido negados. Na rua, com as cores do arco-íris, o Encontro da Diversidade e a Parada mandaram o recado: nós existimos e queremos respeito.

Encontro reúne todes que são quem sempre quiseram ser

A evolução foi natural, assim como a crescente adesão de participantes. Um sucesso ascendente de uma marca de luta contra o preconceito. “Em 2019 o Encontro veio com um novo conceito, com investimento do próprio bolso, compramos alguns equipamentos. Todos os DJ’s, drags e outros artistas vêm como voluntários”, explica Mauky.

Quarentena

Se sem isolamento social a ordem é promover encontro entre pessoas e muita diversão com a militância como pano de fundo, em épocas de novo Coronavírus o grupo não deixou seus participantes sem apoio. A internet está sendo usada para oferecer ajuda psicológica a quem precisa em épocas de isolamento.

O WhatsApp é o canal de comunicação, com uma equipe de profissionais da Psicologia trabalhando pela saúde mental dessas pessoas. “Estamos com um grupo de apoio porque muitos LGBT têm crise de ansiedade e depressão, então é muito importante dar apoio.”

Qualquer pessoa de qualquer lugar do Brasil pode buscar ajuda pelo WhatsApp (48) 99978-3665. Quer mais? Profissionais psi que queiram integrar essa rede de apoio são super bem-vindos! É o poder do encontro, físico ou virtual.

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