Jhenny Santine estreia com clipe invocando a força da ancestralidade negra
Mergulhada nas forças ancestrais, a cantora, compositora e atriz Jhenny Santine faz sua estreia nas plataformas de streaming com o single “Tempestade de Oya”. Acompanhando o lançamento, um videoclipe já está disponível no YouTube.
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“Quando eu compus essa faixa, eu estava muito triste e me sentindo desamparada. Então a força do vento na beira da praia me fez sentir completa novamente. Era como se eu não estivesse mais sozinha e nem precisasse sentir medo dos problemas futuros, pois a música estaria comigo, a ancestralidade estaria comigo, os orixás estariam comigo sempre”, explica a artista, que nas redes sociais também é conhecida como Amoras Livres.
Registro potente e representativo, celebra a divindade feminina que reina sobre os ventos, raios e tempestades. Chamada Oyá, mas também Iansã, essa é a orixá do movimento, fogo e necessidade de mudança. Guerreira. Que luta contra as injustiças e é essa energia que embala todo o novo trabalho de Jhenny. Assinando a produção musical, guiada por uma base suave, vocais potentes e o famoso swing afrobrasileiro, Suka Figueiredo.
A força do vento na beira da praia me fez sentir completa novamente.
Para a versão audiovisual, realizada pela Afronte Lab com direção de Domenica Guimarães – em parceria com a própria Santine -, cenas são inspiradas pelos elementos naturais que simbolizam a orixá e seu universo. Somando em toda a narrativa, uma coreografia inédita criada pelas dançarinas Talita Lima e Kathleen Alyne Maia.
Fundamentadas pelas práticas desenvolvidas pelas religiões de matriz africana e pelo conceito de afrofuturismo, elas encontram no bambuzal o cenário perfeito para ofertar essa homenagem à ancestralidade negra.
“Acredito que essa canção possa ser um abraço para todas as pessoas que precisam de afeto nesses tempos tão difíceis e, ao mesmo tempo, ela também resgata uma força ancestral que é imprescindível para que a gente consiga viver as diversas batalhas do cotidiano. Essa canção não é só minha, ela é totalmente nossa.”
Todo o trabalho foi desenvolvido por uma talentosa equipe de artistas independentes, sendo a maioria de mulheres negras periféricas como Isabela Alves e Tay Oluá (design gráfico), Keithy Alves (fotografia), Joy Soares (produção executiva), Camila Trindade (direção vocal). Nos instrumentos ouvimos Heloá Holanda (piano e backing vocal), Xeina Barros (percussões) Lua Bernardo (baixo elétrico), Camila Oliveira (cello), Jucks (guitarra) e Cristine Ariel (violão).