Documentário busca financiamento para contar história de luta da ex-vereadora Madalena Leite 

Você pode ajudar a dar vida ao documentário “Meu nome é Madalena”, para eternizar a vida de Madalena Leite, mulher trans, pobre e preta que desafiou a intolerância e se elegeu a primeira vereadora trans de Piracicaba em 2016. A contribuição pode ser feita via Catarse até o dia 8 de novembro (clique aqui para contribuir). 

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O documentário vai retratar as facetas da ex-vereadora em produção independente e coletiva com previsão de estreia até o primeiro trimestre de 2022. “Meu nome é Madalena” promete uma imersão na história da mulher que se tornou líder comunitária e foi eleita vereadora com a maior votação de seu partido. “Madalena foi assassinada em abril de 2021, em mais um crime de ódio, mas o legado que ela deixa é inspirador: combateu festejando e festejou combatendo”, diz a sinopse. 

Madalena concordou em participar desse documentário quando ainda era vereadora, em 2016. Porém, emocionalmente esgotada pelos fortes ataques preconceituosos na época, pediu para que adiássemos as gravações. Agora o filme ganha outro sentido e outra importância. 

A história de Madalena será contada por ela mesma, através de imagens de arquivo, e por seu círculo íntimo, em entrevistas com familiares, amigas e amigos. A sua complexidade estará presente nas três “Personagens Madalena”, interpretadas por pessoas com vivências e características diferentes. 

Madalena saiu de casa na juventude, morou na rua, trabalhou como empregada doméstica, foi presidente de bairro periférico por mais de duas décadas, foi eleita vereadora com a maior votação de seu partido, enfrentou um câncer, desfilou em escolas de samba, provocou sorrisos nas pessoas que cruzavam seu caminho nas ruas do centro, ajudou quem precisava, foi ludibriada, lutou contra todos os preconceitos com sua atuação política e com seu bom humor. A multiplicidade de Madalena é inspiradora.  

Foi assassinada em crime de ódio em abri de 2021, aos 64 anos de idade.