Afrobapho e Marsha! se unem em projeto de formação e qualificação profissional focado em trans

Tem um super encontro de empoderamento que começa hoje! Afrobapho e Marsha! são potências de inovação, inclusão e diversidade na cena de produção cultural e artística brasileira, com grande impacto social e político. Promovendo conexão entre Bahia e São Paulo, os coletivos lançam o Circuito Arti (Autonomia, Restituição, Transformação e Interação).

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O objetivo é oferecer cursos de formação e qualificação profissional nas áreas de gestão e empreendedorismo cultural, produção musical e direção artística, além de podcasts, festival híbrido e demais atividades em uma programação online que irá até o fim do ano.

A série de formação será entre 8 e 25 de novembro, com 11 aulas online e gratuitas para todo o país, ministradas por personalidades da música e cultura brasileira como Jup do Bairro (destaque), Badsista, Ciça Pereira, Dandara Pagu, Gabriela Chaves, da NoFront, Felipa Damasco e outras mais. Os alunos ainda poderão concorrer a vagas de estágio no Festival ARTI que acontecerá em dezembro. O público alvo são pessoas negras e LGBTQIA+, sendo 40% das vagas destinadas para transexuais e travestis.

“O Circuito ARTI deriva da intersecção entre os movimentos negro e LGBTQIA+, que são as frentes da Afrobapho e MARSHA!, em prol dos nossos interesses políticos em comum: enfrentar de forma propositiva os problemas históricos de acesso à educação e inserção no mercado de trabalho, efeito da ausência de políticas públicas para essas comunidades no Brasil. É pertinente pontuar que para equipe de ministrantes curamos 8 mulheres cisgêneras e 3 pessoas trans”, afirma A Transälien, multiartista, fundadora da coletividade MARSHA!.

Para além da nossa política em descentralizar a presença hétero-cis-masculina em lugares de poder e, nesse caso, na produção de saberes, esse resultado também é um reflexo da escassez de pessoas trans atuantes nas áreas trabalhadas

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“Para além da nossa política em descentralizar a presença hétero-cis-masculina em lugares de poder e, nesse caso, na produção de saberes, esse resultado também é um reflexo da escassez de pessoas trans atuantes nas áreas trabalhadas. Por este motivo, a formação tem enfoque no público T. Assim, visamos promover capacitação a fim de gerar autonomia e reintegração social, bem como fomentar a ampliação da diversidade no ecossistema de profissionais da cultura, formando pontes para uma sociedade mais justa e plural.”, adiciona.

Toda a frente de produção e equipe de apoio será formada por pessoas negras, LGBTQIA+.

Foto – Isac Oliveira