Lunna Victorinee é promessa da Baixada Fluminense para um mundo mais sincero e que se ama como é

Lunna Victorinee é a @queixudaqueenofc – que dá a cara à tapa e o queixo a soco para realizar seu grande sonho de decolar na carreira artística. A certeza para se jogar neste meio veio há menos de um ano, mas ela já mostra em sua série de vídeos nas redes sociais que veio para ficar – porque usa a sinceridade, o humor e a aceitação de si mesma como defesa.

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Essa libertação que usa o nome que a incomodava como chamariz vem de Belford Roxo (RJ) e quer ganhar o mundo todo. E merece por ter a coragem de ser ela mesma, Queixuda, em um mundo fake, pasteurizado, instagramável demais para ser crível. Ela não leva o soco, ela dá.

“Eu desde criança sonhava com a carreira artística, sempre tentei, mas nunca rolava. Mas foi apenas em 2021 que eu tive certeza que nasci pra esse mundo, foi quando postei meu primeiro vídeo”, revela à Ezatamag a autointitulada “Barbie das Profissões”.

“Eu desde criança sonhava com a carreira artística, sempre tentei, mas nunca rolava.”

Porque o corre de Lunna é intenso. É uma dentre tantas pessoas trans que se vira nos 30, sorri, aceita publi, tá a fim de uma boa parceria e não vai dispensar um cachê que reconheça sua arte. “Tenho vários objetivos para este ano, porém um dos principais é conseguir ter minha conta verificada no Instagram.”

Ela tem um objetivo ainda maior para a vida, a dela e a da família – que ela ama tanto. Lunna conta à Ezatamag que seu maior é ter condição de “manter minha família, dar à minha mãe, à minha avó e meus irmãos a vida que eles merecem. Tenho certeza de que Deus vai me ajudar a realizar esse sonho”.

Hoje já me aceito melhor e não me vejo com outro nome.

Por enquanto a batalha conta com alidades amigues porque a musa está solteira – e ela diz saber o motivo: não há mais lugar neste mundo para uma romântica como Lunna. “Mas ainda busco um alguém especial.”

Antes de terminar o papo a gente reforça sobre o uso do nome Queixuda, escolhido por um amigo. E a resposta é uma lição: “no início eu não tinha gostado por se referir a algo que me incomodava, mas hoje já me aceito melhor e não me vejo com outro nome”.