Mais uma vereadora paulista é atacada por apresentar projetos de lei pela cidadania LGBT, agora em Araraquara
Vereadora em Araraquara, Filipa Brunelli (PT) é a segunda parlamentar paulista a sofrer nesta semana ataques após apresentar projetos de lei em favor da cidadania LGBT. A primeira trans da Câmara Municipal de Araraquara não se calou e mais uma vez procurou a polícia, agora na última quinta-feira, 5 de agosto.
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“Hoje foi um daqueles dias perturbadores. Infelizmente desde que eu me tornei vereadora passou a ser recorrente minhas vindas à delegacia registrar as ocorrências de lgbtfobia que tenho sofrido”, lamentou a vereadora, que explicou ainda: “Hoje abri b.o contra 18 pessoas que através do Facebook me ameaçaram e violaram a minha integridade moral, principalmente no que tange à minha identidade de gênero”.
Ela se diz forte para enfrentar a onda de ataques e manda um recado para quem acha que ela vai desistir: “pode ser doloroso, violento e cansativo pra mim, mas não irei aceitar esses tipos de condutas, as pessoas vão ser responsabilizadas por suas ações, vocês precisam entendem que fazendo isso vocês me machucam, e machucada eu fico muito mais perigosa a essa normatividade tóxica. Lgbtfóbicos e Transfóbicos não passarão!
Pode ser doloroso, violento e cansativo pra mim, mas não irei aceitar esses tipos de condutas, as pessoas vão ser responsabilizadas.
Filipa é autora do Projeto de Lei (PL) 170/2021, que “garante o direito das entidades familiares homoafetivas – no âmbito do Município de Araraquara – à inscrição e contemplação em programas habitacionais”. É também autora da Indicação nº 728/2021, que pede ao Executivo Municipal a criação do Programa Municipal da Saúde Integral de Pessoas LGBTQIA+ e Cidadania LGBTQIA+.
Também nesta semana, também no Estado de São Paulo, a também vereadora petista Paula Faria também foi alvo de ataques por apresentar projetos de lei em favor do LGBT de seu município, Jaboticabal. Ela é a autora de um projeto de lei que institui a Semana da Diversidade LGBTQIA+ e de outra proposta que impede a perseguição às professoras e professores na função de suas atividades.