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RECREATIVA PARA QUEM?

Não podemos mais aceitar músicas transfóbicas e seus defensores!

Por Michelly Longo*

O retrocesso chegou! Músicas transfóbicas (claro, jogada de marketing) que caíram no gosto da sociedade transfóbica… Não é de se espantar que inúmeras pessoas tenham gostado e apoiado tais músicas com a justificativa de: “eu não vi nada demais”, “tudo vocês reclamam”, “nossa, quanto mimimi pra destruir a carreira dos rapazes”, etc .

Essas letras que diminuem a imagem de pessoas trans/travestis são feitas de caso pensado, algo pra causar indignação na comunidade, comentários e compartilhamentos de repúdio e assim gerar alcance, engajamento, seguidores, público.

Tudo minuciosamente arquitetado, pois o que dá dinheiro na indústria fonográfica é e sempre foi ataques a alguém – e a bola da vez somos nós.

Nós da comunidade precisamos aprender a denunciar e cancelar essas coisas sem fazer “propaganda”, porque é justamente essa a jogada deles: causar revolta, indignação a ponto de gerar publicidade.

Essas letras que diminuem a imagem de pessoas trans/travestis são feitas de caso pensado, algo pra causar indignação na comunidade, comentários e compartilhamentos de repúdio e assim gerar alcance, engajamento, seguidores, público.

Depois aparecem com pedidos de desculpas vazios dizendo que não sabiam, muito menos tinham a intenção, pois já têm inúmeros defensores com discursos prontos pra colocar sua defesa em prática.

Enquanto continuarmos caindo no golpe deles, que por sinal é sempre muito bem articulado, seremos taxadas de mimizentas, porque o normal para a cisgeneridade é que ficássemos caladinhas pra ganhar mais, mas em nossa humilde inteligência jamais aceitaremos.

Tudo minuciosamente arquitetado, pois o que dá dinheiro na indústria fonográfica é e sempre foi ataques a alguém – e a bola da vez somos nós.

No mais, vamos vivendo e tentando aprender a não dar Ibope à transfobia recreativa, bolando estratégias para o próximo ataque, pois ainda não acabou.

*Michelly Longo é ativista trans negra, baiana, cozinheira de profissão, casada e cheia de boas experiências para compartilhar. 

Redação

Redação Ezatamentchy

1 Comments
  1. marceloDC

    10/01/2021 19:41

    Nao só exigir uma bela indenização, mas lutar quando ocorrerem situações assim, as indenizações sejam pesadas.
    Mas advertindo qu censura prévia é perigoso, em particular quando não se tem disponibilizado adequadamente o material a ser divulgado.

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