Entre beats eletrônicos, synths e violoncelos, Mini canta sobre liberdade, medos de abandono e resistência

A cantora, compositora e multi instrumentista nascida em Santos (SP) e radicada em São Paulo Mini Lamers apresenta “Luta ou Fuga”, seu primeiro álbum solo. O trabalho é composto por nove faixas escritas por Mini e tem participações de Mônica Agena, Bemti e Dessa Brandão. Entre beats eletrônicos, synths e violoncelos, Mini canta sobre liberdade, medos de abandono e resistência.

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As inspirações para as letras e a escolha do título do álbum são completamente autobiográficas: “nomeei o trabalho de Luta ou Fuga, não no sentido literal das palavras Luta e Fuga, mas no sentido do mecanismo fisiológico que nós, seres humanos, acionamos quando expostos a situações de estresse. Esse estado de alerta e tensão apesar de muito necessário pra nossa sobrevivência pode se tornar crônico e patológico, como pânico e ansiedade generalizada. Esse assunto eu falo com muita propriedade por ter sido e ser uma das minhas maiores lutas desde a infância. O disco é um compilado de elaboração e superação. As músicas falam sobre medos de abandono, liberdade e também resistência no campo sócio-político.’’

Juntamente com o lançamento do álbum, a artista vai disponibilizar um vídeo clipe da música de trabalho chamada Seja Livre Perto de Mim. Essa faixa traz uma levada de beats estilo trap-music que se mistura com a delicadeza de um piano e um tema de violoncelo marcante. A letra propõe uma reflexão sobre a sensação de posse nos relacionamentos.

“Seja em filmes, em novelas ou dentro de casa, no geral todos fomos ensinados que existe uma forma certa de amar, um modelo que ilustra que posse e ciúmes são sinônimos de amor, o que ao meu ver intoxica relações. No fim, todos temos medo do abandono e rejeição. Não acredito que exista forma uma certa de relação, porém creio que o amor não deveria ser algo limitante e castrador.’’

Assim como nas obras anteriores, a ideia original e roteiro foram elaborados por Mini. No videoclipe, os sentimentos de apego, ciúmes, paranoia e insegurança são personificados por mulheres que acompanham a rotina de Mini em casa representando uma estafa emocional atribuída a dificuldade de se libertar desses padrões sufocantes.