Filipe Catto faz espetáculo musical resgatando a força de “Saga”, lançado em 2009

A musa Filipe Catto entrega tudo com “Saga 2022”, espetáculo musical que traz as canções do EP de 2009 e também os hits da carreira da artista em uma sonoridade quente de piano, baixo acústico, violões, guitarras, bandoneon e percussão. É para evocar todo o drama do tango e do bolero em um espetáculo high fashion.

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A direção de arte é de ninguém menos do que Alma Negrot, Iluminação e cenografia de Grissel Manganelli, direção musical de Fábio Pinczowski e direção geral da própria Catto.

“SAGA 2022” é um retorno emocionante às raízes e um presente para os fãs. “Tenho certeza de que o público vai amar, porque eles me cobram esse show há anos. Eu raramente cantava essas músicas nas tours, ficaram lá muito dentro de mim, mas eu resolvi dar tudo que a galera quer e não podia faltar esse relançamento acompanhado de um espetáculo que atualize e traga pro meu corpo presente estas canções. Vai ser chique.”

Toda a feminilidade que transborda nas letras do Saga se materializa na minha própria vivência ao me entender trans.

Em 2009 CATTO lançou seu primeiro EP autoral produzido em Porto Alegre por Sérgio Guidoux de forma totalmente virtual. Ainda longe do mundo das plataformas digitais, o trabalho circulou entre os fãs de música brasileira e freaks do Orkut e permaneceu até então como um material raro, disponível apenas de forma não oficial no mar da internet.

Apesar do mistério, SAGA continua sendo uma das obras mais cultuadas pelo público da cantora e como na arte o tempo é amigo, o disco será lançado nas plataformas digitais em agosto de 2022.

“Após 13 anos de trabalho, SAGA ganhou um significado novo para mim.”

“Após 13 anos de trabalho, SAGA ganhou um significado novo para mim. Todo aquele drama, visceralidade e as canções tão íntimas que eu fiz quando era ainda uma adolescente ressurgiram no período de isolamento também me servindo de amparo e base para compreender a pessoa que eu estava me tornando”, conta.

“Eu sempre soube que chegaria o momento de revisitar este trabalho, e agora ele faz ainda mais sentido porque toda a feminilidade que transborda nas letras do SAGA se materializaram na minha própria vivência ao me entender trans. Olhando para este recorte, eu precisava voltar para este repertório inteira, feita, transformada depois de todo este processo. Foi ali que tudo começou.”

Fotos: Renata Teixeira