Sergipana Ananda Barreto lança “Ser Eu”, um hino de autoaceitação cheio de ritmo
A sergipana Ananda Barreto está de clipe novo cheio de autoaceitação, elenco LGBT e mensagem empoderadora. ”Sereu” já está disponível em todas as plataformas de streaming e marca mais um passo da artista de estilo autêntico, ousado e pélvico.
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“Nesse som eu falo sobre meu processo pessoal de aceitação, de reconhecer meus valores sem medo de ser julgada. Reflito sobre essa cobrança coletiva por uma postura de amor próprio que, ao mesmo tempo, critica quem se ama. É um olhar pra si e para o aceitar tudo, não só o que agrada, mas o que desagrada também. É um grito para tudo que não podemos mais calar”, conta.
Ananda carrega em sua trajetória a fusão da dramaticidade e expressão do teatro com os sons pelos quais foi influenciada: os ritmos populares do Nordeste, o samba de parêia, o coco, o brega, o jazz, o pop, o rock, a MPB e o flamenco (fruto dos quatro anos da sua passagem por Andalucia, Espanha).
Em “Sereu”, a cantora encontra uma maneira despojada, dançante e perfomática para falar sobre a autoestima, questionamentos do lugar da mulher, suas lutas internas e os diálogos consigo mesma, com o outro, com o mundo e esse tal rompimento com as cobranças da sociedade.
Ananda reverencia a cultura do seu estado, Sergipe, trazendo uma citação do folguedo popular do Guerreiro em um trecho da canção. A fotografia vem colorida, escrachada, ritmada com uma estética que bebe do brega, do cabaré e espelha a semelhança da cultura caiçara com a cultura nordestina. O encontro nesse tempo-espaço indefinido de personagens desperta apoios mútuos.
Ser artista independente, mulher, mãe e nordestina neste país não está fácil, ainda mais com o desmonte das políticas culturais.
O resultado integra e antecipa o já confirmado disco “Olho de Dentro”. Parte do material foi apresentada em shows com transmissão online e já conta com mais dois singles previstos para os próximos meses.
“Para produzir o álbum completo ainda é preciso levantar o investimento necessário. Ser artista independente, mulher, mãe e nordestina neste país não está fácil, ainda mais com o desmonte das políticas culturais. Mas a gente resiste, faz vaquinha online, dá uns pulinhos, conta com o apoio de aliados e se produz. Espero que o público aprecie e faça essa música bombar neste verão”.